Noite densa, tensa atmosfera...
No entorno, todas as coisas dilatam.
É tempo de pulsar! O ar é tóxico
e respirar é um tormento: não há saída.
A única saída é morrer! A vida é carta marcada.
A mesma humana situação...
No final, o que nos espera é mesmo o inevitável!
Entropia e tédio.
A precariedade pesa, insuportável,
e o tempo se estica seco...
A voz quer ser um instrumento de consolação,
mas tudo é inútil, a corda vocal se desfibrou...
Tudo é inútil quando se sabe que cantar
é a última quimera.
A voz é pouca para um Saara de solidão...
Por entre as dunas, quem há de ouvir?!
Soterrada a esperança: as flores estão mortas no jardim!
A saída é um trago profundo e um suspiro entre a fumaça
do cigarro que nos mata.
Não há luz no fim do túnel, só a brasa do cigarro: tudo mais, ilusão!
- A noite é mesmo densa!!!
15.01.2007
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