terça-feira, 26 de julho de 2016

A SUPERFÍCIE DE UMA VIDA EM ARREPIOS



















A SUPERFÍCIE DE UMA VIDA EM ARREPIOS 



"Só queria agasalhar meu anjo e deixar seu corpo descansar..."






Quem 
me chama e não me deixa dor.m.ir
não me deixa vi.ver
ser feliz
nesses n.osso.s tempos de ninguém

Quem

no frágil nau.frágio
não me deixa ca.lar o indizível
a res.peito de Quem
não teve voz
não teve vez

Quem

seria este poema que s.urge
est.ruge urra
me empurra murra e surra
ao nascer do horror
na costa de bo.drum


seria o me.nino que ofegou
afegou e afogou
chegou não chegou
não pode vir a ser

seria o som da ave síria sem futuro
migrando 
entre a morte certa e a provável

ave refugiada que me brada
nada... nada...
nada

Quem 

de uma praia da turquia 
do mar mediterrâneo
me chama


seria o poema que se debate embalde
se contorce torce o torso 
no embate da palavra afogada
finada

ou 

o menino que não se move
dorso morto na praia
onde raia o Abate
de uma hum.idade lavada
levada
e este poema 
de uma superfície de uma vida em arrepios
a ver navios
mortos na praia




Torres Matrice


04/09/2015

Dedicado a Alan Kurdi
























sábado, 23 de julho de 2016

MARIANA AYDAR - UMA OUTRA VIBE PARA A MARAVILHA DUMA OUTRA ASA













Pedaço Duma Asa







Pedaço Duma Asa, o quinto álbum dessa impressionante cantora paulista chamada Mariana Aydar, é uma pintura, uma escultura, uma instalação e também um grafite. Aydar dialoga com a arte, a densidade e as imagens que emergem das letras de Nuno Ramos. O álbum é uma obra prima, pois foge do entretenimento, tão ao gosto do mercado, e constrói uma sonoridade mais centrada na arte.













MARIANA  AYDAR 










SAMBA  TRISTE /  SAIBA FICAR QUIETO 































ISSO  PODE   -   MARIANA  AYDAR





























POEIRA - MARIANA  AYDAR

























quinta-feira, 21 de julho de 2016

Filme levanta questões acerca da identidade de gênero, sexualidade, fluidez de gênero e rótulos.








DIRETORA DO FILME QUE HORAS ELA VOLTA ACERTA NOVAMENTE EM MAIS UM FILME QUESTIONADOR



















Alto, moreno, andrógino e bonito, Pierre usa delineador e um laço preto g-string, ao ter relações sexuais com rapazes e moças. Filme atualíssimo, Mãe Só Há Uma, da diretora Anna Muylaert, levanta questões acerca da identidade de gênero, sexualidade, fluidez de gênero e questiona os rótulos, tão ao gosto da sociedade burguesa conservadora, e o perigoso retrocesso dessa sociedade intolerante e careta. 








Filme discute fronteira de gênero e identidade.









 A trama do filme Mãe Só Há Uma vai mais fundo ainda quando a mãe, mulher da classe trabalhadora, é acusada e presa por ter roubado Pierre ( e sua irmã, também ) no dia do seu nascimento. Graças às maravilhas do DNA, Pierre volta aos pais biológicos: burgueses, certinhos e emocionados em tê-lo de volta - pelo até o momento em que eles se reúnem em um boliche e Pierre aparece em um mini-vestido de zebra. Daí a situação começa a se complicar, naturalmente, como era de se esperar. O filme, da diretora e roteirista Anna Muylaert, sonda a turbulência da adolescência com humor e compaixão.











Matheus Nachtergaele como o pai burguês e machista








O filme segue a história de um adolescente, roubado ainda bebê numa maternidade, que é reintroduzido à sua família biológica, enquanto lida, ainda mais, com a definição de sua identidade de gênero e sua descoberta sexual. O elenco conta com o estreante Naomi Nero ( sobrinho de Alexandre Nero ) no papel principal, Dani Nefusi em papel duplo, como a sequestradora e também a mãe biológica, e Matheus Nachtergaele como o pai burguês e machista, que precisa lidar com a descoberta de um filho transgênero.











Naomi Nero ( sobrinho de Alexandre Nero )















Dani Nefusi em papel duplo, como a sequestradora e também a mãe biológica.


















































 









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