Cultura é toda forma de intervenção humana na natureza transmitida de geração a geração, nas diferentes sociedades; Criação exclusiva dos seres humanos; Ela é múltipla e variável no tempo e no espaço, de sociedade para sociedade. Este blog pretende dividir um pouco da cultura engendrada pelo homem de todas as épocas e lugares, de todas as áreas do conhecimento humano, especialmente das artes, ciências e filosofia.
No início de 2014, Zélia Duncan e Zeca Baleiro estrearam um
show só deles e saíram em turnê pelo Brasil. Eles já tinham uma parceria, “Se
um dia me quiseres” gravada por Zélia em “Pelo Sabor do Gesto”, e durante os
ensaios, nos bastidores dos shows, outras composições foram nascendo, tais como
"Escancarado", "Fox Baiano", "Museu Íntimo" e mais recentemente a música “Seria”.
Seria (Zélia Duncan / Zeca Baleiro) Veja bem a minha sina, olhe para a sua saga todos os seus beijos doces viram lágrimas amargas. Você não segura a barra, chega me agarra e me beija, abraça, mas desampara, afaga enquanto apedreja e eu que parei na sua e eu que te fiz a sala adocei a nossa vida pra você amargurada. Veja bem a minha sina, olhe para a sua saga, todos os seus beijos doces viram lágrimas amargas. Encanto virou feitiço, carinho virou açoite, o sol mais claro do dia escureceu, fez-se noite eu que vivia sorrindo, acabou-se o que era doce. Seria tudo tão lindo se feio tudo não fosse.
Veja bem a minha sina, olhe para a sua saga, todos os seus beijos doces viram lágrimas amargas.
A cantora e compositora Socorro Lira conseguiu, com maestria, musicar os versos do moçambicano Mia Couto, consagrado autor da literatura
mundial. Trata-se da música 'Poema Didáctico'. O resultado é de uma sensibilidade e de uma qualidade ímpar!
O poema em questão integra o livro do grande escritor Mia Couto intitulado 'O Guardador de Chuvas', que não foi
publicado no Brasil. A parceria entre Socorro Lira e Mia Couto nasceu em 2011, quando a cantora
excursionava pela África e “alguém promoveu o encontro”, segundo ela, em
Moçambique.
“Um amigo havia me dito que o Mia gostava das minhas músicas, o que
me deixou muito feliz. Nesse encontro ele me levou um livro de poemas e brincou
comigo para fazermos uma parceria. De lá eu fui para Gana, onde fiquei uns 15
dias, escolhi o poema e comecei a rabiscar a música. Tem mais uma dele que eu
musiquei, mas não gravei ainda. Outro dia encontrei Mia e conversamos de fazer
um disco. Ainda não começamos, mas fiquei animada. Gosto muito da escrita
dele”, conta Socorro Lira.
Conheça
Socorro Lira
Intérprete e compositora, uma das grandes responsáveis por
manter viva a raiz da cultura musical dos Quilombos. Sabe chamar um coco, como
nativa de Brejo do Cruz, na Paraíba, como ninguém. Com o pandeiro cadenciado
pontua sua voz suave e doce. No yjêxá dá um passeio afro que encanta os mais
exigentes!
Nascida em Brejo do Cruz, Paraíba, reside em
São Paulo – Brasil. Poetisa, compositora, intérprete, instrumentista e
produtora cultural. Autora do projeto Memória Musical da Paraíba. Formada em
Psicologia. Inicia-se ao violão como autodidata, vindo a estudar técnica
violonística e introdução ao violão clássico no DART/UFCG.
Bernie Wrightson é um artista americano que ficou conhecido principalmente ilustrando quadrinhos de terror.
Profissional desde o final dos anos sessenta, passou por diversas editoras, grandes e pequenas, e fez também ilustrações para edições especiais de livros de ÍCONES do horror como H.P. Lovecraft e Edgar Allan Poe, entre outros. Porém, seu trabalho mais conhecido e aclamado certamente é a poderosa ilustração para Frankenstein de Mary Shelley.
Observe, o trabalho meticuloso feito com nanquim é impressionante!
Esta obra inclui nada menos do que 50 extraordinárias ilustrações em preto e branco com bico de pena mostrando as desventuras de um dos monstros mais conhecidos da literatura.
Wrightson levou SETE ANOS para concluir todas as ilustrações. E não é para menos! O trabalho meticuloso em nanquim é arrebatador.
Taha Neyestane é um artista que cria animações em vídeos, estudou animação e formou-se na instituição de ensino Sheridan College, Oakville. Mora em Toronto, Canadá. Ele criou um tributo a quem dedica toda a vida desenhando modelos, e à paixão da embarcação na viagem do sonhar acordado; explorando formas, figuras, desenhando a vida e tudo o mais que está contido nela.
O deputado Bolsonaro não podia estar mais equivocado. A vida é mais além... Existem
diversas síndromes cromossômicas conhecidas como:
X0 - Sindrome de Turner
XXY, XXYY, XXXY, XXXYY, XXXXY- Sindrome de Klinefelter
XYY- Sindrome de Jacobs (ou super macho)
XXX, XXXX - Super fêmeas
mulheres XY - síndrome da insensibilização androgênica
homens XX - distúrbio da diferenciação sexual testicular
Muitos destes conhecimentos são conteúdo do ENSINO MÉDIO,
então é meio estranho o deputado fazer uma afirmação destas. Não acham?
Obviamente o que o deputado queria com isso era dar uma de "zueiro" no seu ataque aos direitos LGBT. Não é mesmo?! Mas é sempre importante ser
inteligente na hora de "zuar" para não apontarem seus erros e você passar por
ignorante e preconceituoso.
ALFRED HITCHCOCK, STANLEY KUBRICK, JACK NICHOLSON E JAMES STWART
SE ENCONTRAM NUM VÍDEO PERTURBADOR
Conseguiram fazer dois mestres do cinema se entrecruzarem e,
ao mesmo tempo, possibilitar aos cinéfilos uma viagem incrível, sem sair de suas casas.
James Stewart vagueia através
de um mundo surreal que combina elementos do universo de Alfred Hitchcock e Stanley
Kubrick num vídeo muito bem editado.
Embora com carreiras justapostas por três décadas, James Stewart e Stanley Kubrick nunca trabalharam juntos em um longa-metragem. Essa
pequena tragédia foi corrigida pelo vídeo The Red Drum Getaway, um estranho, mas
fascinante curta-metragem que nos mostra Stewart passeando, não em um filme de
Kubrick, mas vários, parecendo mais e mais confuso enquanto passeia através de
um universo onírico.
Alfred Hitchcock foi o diretor responsável pelas performances mais famosas de Stewart.
Combinando, para o delírio de
cinéfilos, os mundos de Hitchcock e Kubrick, o vídeo surpreende pela qualidade
da montagem e pela criatividade.
O filme
foi feito por Gump Adrian Dezalay, Emmanual Delabaere, e Simon Philippe.
Desafio: você é capaz de dizer quais são os filmes que se entrecruzam neste genial vídeo? Teste sua cultura cinematográfica! Boa sorte!
Uma nova instalação no Museu Dalí em St. Petersburg, na
Flórida permite que você experimente uma viagem em realidade virtual dentro da pintura de Salvador Dalí. Essa experiência faz parte da exposição "Disney e Dalí: Arquitetos da
Imaginação", na qual os visitantes aprendem sobre a relação do surrealista
com outro grande gênio, Walt Disney.
Em 1945, os dois se uniram para criar um curta de animação
chamado "Destino". Dalí e Walt Disney se tornaram grandes
amigos ao longo dos anos de trabalho em outras obras que fizeram juntos; obras estas que são
exibidas pelo Museu Dalí em St. Petersburg. Trata-se de pinturas, esboços de histórias, fotos e
objetos.
Já que estamos longe de ter essa experiência ao vivo, vamos
degustar a obra Archaeological Reminiscence of Millet "Angelus", de
1933 através de um vídeo em 360°.
ATENÇÃO: amplie o vídeo, use o mouse e com o cursor mova as setinhas esbranquiçadas que se situam no lado esquerdo do vídeo, abaixo, na parte de cima. Você terá uma experiência de movimentação dentro da obra de Dali em 360° assim que entrar dentro do quadro.
Boa viagem!
Vá para dentro e para além da pintura Reminiscência Arqueológica de Dalí inspirada em Millet e explore o mundo do mestre surrealista como nunca antes. Sonhos, experiência de Dalí na exposição especial Disney e Dalí: Arquitetos da imaginação no Museu Dalí em St. Petersburg, Florida
O Angelus - Millet
Sonhos de Dalí
"Eu me entreguei a uma breve fantasia durante a qual eu imaginava esculturas das duas figuras da pintura O Angelus de Millet esculpida nas rochas mais altas ....”
Exímio criador de tipos, sambista Adoniran Barbosa vira
personagem de filme.
“Dá licença de contar”, de Pedro Serrano, baseado nas músicas
do cancioneiro e compositor paulistano Adoniran Barbosa. O elenco conta com
Paulo Miklos e Gero Camilo e a trilha sonora tem participação de Ney
Matogrosso.
O curta Dá Licença de Contar (2015) ganhou notoriedade no
país depois de ser premiado em diversos festivais de cinema do mundo, incluindo
Festival de Gramado e Festival Internacional de Bilbao. O filme é baseado nas
músicas do compositor Adoniran Barbosa e o elenco conta com Paulo Miklos
(Califórnia), Gustavo Machado (Disparos) e Gero Camilo (Eu Receberia as Piores
Notícias dos seus Lindos Lábios).
Gustavo Machado, Gero Camilo e Paulo Miklos
Um curta-metragem que recria o universo existente nas canções
de Adoniran Barbosa, calcado em uma estética condizente com tempo e espaço no
qual o artista estava inserido. Episódios e personagens famosos nas canções do
sambista paulistano são o fio condutor da história, retratando São Paulo nos
anos 50.
Confira o trailer abaixo:
FICHA TÉCNICA:
Um filme de Pedro Serrano
Elenco: Paulo Miklos, Gero Camilo, Gustavo Machado, Aisha Jambo, Caio Juliano, Zemanuel Piñeiro.
Direção e Roteiro: Pedro Serrano
Agora a ideia do curta ganhará uma nova janela, pois a história será recontada em um longa-metragem. O projeto está em fase de captação de recursos para que consiga ser viabilizado. Ainda não há confirmação se o elenco será mantido.
Ney Matogrosso canta Iracema música que faz parte da trilha sonora do curta Dá Licença de Contar. Ney opta por uma releitura mais dramática, quase um tango, costurando uma dramaticidade narrativa que revela bem a intensidade da letra da canção. A subversão, bem ao gosto de Ney Matogrosso, caiu como uma luva ao que propõe o filme.
Uma das composições mais famosas de Adoniran Barbosa pode não parecer uma música triste numa primeira ouvida, mas a história sobre o amor de um homem por Iracema, morta em um atropelamento, é uma grande narrativa trágica. Convidado para interpretá-la no curta-metragem Dá Licença De Contar, Ney Matogrosso, a pedidos do diretor Pedro Serrano, se entregou à melancolia que a letra sugere.
Direção: Pedro Serrano | Produção Musical: Lucas Mayer
Produção: Latina Estúdio e Pink Flamingo | Apoio: Rádio Eldorado e Flix Media
“Iracema é uma música bem trágica. Achei que eu iria poder
deitar e rolar e fazer do jeito que achava que deveria ser”, conta Ney, que
sente um certo alívio por poder dar uma nova roupagem ao icônico samba. “Fiquei
nervoso porque achava que, inevitavelmente, iriam haver comparações com outros
intérpretes de” Iracema” como Elis, mas como fomos para outro lado fiquei mais
tranquilo”.
Como Noel Rosa cantava sua Vila Isabel e Dorival Caymmi
cantava a Bahia, Adoniran escrevia canções-crônicas sobre bairros como Brás e
Bexiga, com caracterização bem-humorada de personagens da cidade.
"Trem das Onze", "Saudosa Maloca" e
"Tiro ao Álvaro" são composições até hoje muito lembradas, cantadas e
vistas como cartões-postais musicais da cidade de São Paulo.
Adoniran Barbosa é o pseudônimo famoso de João Rubinato,
filho de italianos, nascido em Valinhos, interior de São Paulo, em 1910.
Alternando empregos e vários tipos de bicos, circulando por São Paulo, Adoniran
entrou para o mundo do rádio na década de 30, como cantor e depois locutor e
comediante. Na época, gravou seus primeiros discos e teve sucesso modesto com a
marcha "Dona Boa", na voz de Raul Torres.
Mas foi na década de 1950, com o conjunto vocal paulista
Demônios da Garoa, que encontrou sucesso nacional. O compacto com "Saudosa
Maloca" e "Samba do Arnesto" foi lançado em 1955 e despontou no
mercado fonográfico.
Nas vozes dos Demônios, encontrou veículo perfeito para as
canções cheias de sotaques italianos, "causos" cotidianos e tipos
paulistanos. "Apaga o Fogo Mané", "Iracema" e "As
Mariposas" são algumas das canções da época.
Elis Regina e Adoniran Barbosa
Na década de 70, Adoniran foi
cantado por Elis Regina, Clara Nunes e Clementina de Jesus, e gravou seus três
únicos LPs como cantor. Morreu em São Paulo, em 1982.