sexta-feira, 27 de maio de 2016

ZÉLIA DUNCAN E ZECA BALEIRO - QUALIDADE EM DOSE DUPLA












No início de 2014, Zélia Duncan e Zeca Baleiro estrearam um show só deles e saíram em turnê pelo Brasil. Eles já tinham uma parceria, “Se um dia me quiseres” gravada por Zélia em “Pelo Sabor do Gesto”, e durante os ensaios, nos bastidores dos shows, outras composições foram nascendo, tais como "Escancarado", "Fox Baiano", "Museu Íntimo" e mais recentemente a música “Seria”.





















Seria  (Zélia Duncan / Zeca Baleiro)



Veja bem a minha sina, olhe para a sua saga
todos os seus beijos doces viram lágrimas amargas.

Você não segura a barra, chega me agarra e me beija,
abraça, mas desampara, afaga enquanto apedreja 
e eu que parei na sua e eu que te fiz a sala
adocei a nossa vida pra você amargurada.

Veja bem a minha sina, olhe para a sua saga, 
todos os seus beijos doces viram lágrimas amargas.

Encanto virou feitiço, carinho virou açoite,
o sol mais claro do dia escureceu, fez-se noite
eu que vivia sorrindo, acabou-se o que era doce.
Seria tudo tão lindo se feio tudo não fosse.


Veja bem a minha sina, olhe para a sua saga, 
todos os seus beijos doces viram lágrimas amargas.











 








FOX BAIANO (Zélia Duncan / Zeca Baleiro / Galvão)




Encontre só com quem
No mínimo lhe queira bem
Vá na boa, pela sombra
E sol só à beira-mar
Um sorvete às três da tarde
E à noite lua de mel
Com as estrelas lá no céu

As roupas moram no armário
Mas preferem a viagem
O silêncio ama a fala
Quem cala contou pra mim
Que o sonho é eterno
Praticar é que são elas
E é na cabeça que coração mora
E a flor mais bela é a do jardim

Escreva lá no seu caderno
Que sofrer não é tão ruim




Zélia Duncan: Voz e Violão de Aço
Zeca Baleiro: Voz e Ukelele
Adriano Magoo: Sanfona

Fernando Nunes: Baixo







A cantora e compositora Socorro Lira conseguiu, com maestria, musicar os versos do moçambicano Mia Couto














Socorro Lira 










A cantora e compositora Socorro Lira conseguiu, com maestria, musicar os versos do moçambicano Mia Couto, consagrado autor da literatura mundial. Trata-se da música 'Poema Didáctico'. O resultado é de uma sensibilidade e de uma qualidade ímpar! 


















O poema em questão integra o livro do grande escritor Mia Couto intitulado 'O Guardador de Chuvas', que não foi publicado no Brasil. A parceria entre Socorro Lira e Mia Couto nasceu em 2011, quando a cantora excursionava pela África e “alguém promoveu o encontro”, segundo ela, em Moçambique. 















“Um amigo havia me dito que o Mia gostava das minhas músicas, o que me deixou muito feliz. Nesse encontro ele me levou um livro de poemas e brincou comigo para fazermos uma parceria. De lá eu fui para Gana, onde fiquei uns 15 dias, escolhi o poema e comecei a rabiscar a música. Tem mais uma dele que eu musiquei, mas não gravei ainda. Outro dia encontrei Mia e conversamos de fazer um disco. Ainda não começamos, mas fiquei animada. Gosto muito da escrita dele”, conta Socorro Lira.





































Conheça Socorro Lira






Intérprete e compositora, uma das grandes responsáveis por manter viva a raiz da cultura musical dos Quilombos. Sabe chamar um coco, como nativa de Brejo do Cruz, na Paraíba, como ninguém. Com o pandeiro cadenciado pontua sua voz suave e doce. No yjêxá dá um passeio afro que encanta os mais exigentes!











                                                                                                                  Nascida em Brejo do Cruz, Paraíba, reside em São Paulo – Brasil. Poetisa, compositora, intérprete, instrumentista e produtora cultural. Autora do projeto Memória Musical da Paraíba. Formada em Psicologia. Inicia-se ao violão como autodidata, vindo a estudar técnica violonística e introdução ao violão clássico no DART/UFCG.






















Mia couto / poema didático


Já tive um país pequeno,
tão pequeno
que andava descalço dentro de mim.
Um país tão magro
que no seu firmamento
não cabia senão uma estrela menina,
tão tímida e delicada
que só por dentro brilhava.

Eu tive um país
escrito sem maiúscula.
Não tinha fundos
para pagar a um herói.
Não tinha panos
para costurar bandeira.
Nem solenidade
para entoar um hino.
Mas tinha pão e esperança
para os viventes
e sonhos para os nascentes.

Eu tive um país pequeno,
tão pequeno
que não cabia no mundo.



Mia couto











quarta-feira, 18 de maio de 2016

O CONTORNO METICULOSO DE UM GÊNIO - A Arte de fazer ilustrações em nanquim.







O que é feito com tempo, o tempo respeita.

Leonardo Da Vinci










Bernie Wrightson é um artista americano que ficou conhecido principalmente ilustrando quadrinhos de terror. 








Profissional desde o final dos anos sessenta, passou por diversas editoras, grandes e pequenas, e fez também ilustrações para edições especiais de livros de ÍCONES do horror como H.P. Lovecraft e Edgar Allan Poe, entre outros. Porém, seu trabalho mais conhecido e aclamado certamente é a poderosa ilustração para Frankenstein de Mary Shelley.







Observe, o trabalho meticuloso feito com nanquim é impressionante!





























Esta obra inclui nada menos do que 50 extraordinárias ilustrações em preto e branco com bico de pena mostrando as desventuras de um dos monstros mais conhecidos da literatura. 

































Wrightson levou SETE ANOS para concluir todas as ilustrações. 

E não é para menos! 


O trabalho meticuloso em nanquim é arrebatador.






















































































































































terça-feira, 17 de maio de 2016

DESENHANDO MODELO VIVO - UM TRIBUTO A QUEM DEDICA A VIDA AO DESENHO



Taha Neyestane é um artista que cria animações em vídeos, estudou animação e formou-se na instituição de ensino Sheridan College, Oakville. Mora em Toronto, Canadá. Ele criou um tributo a quem dedica toda a vida desenhando modelos, e à paixão da embarcação na viagem do sonhar acordado; explorando formas, figuras, desenhando a vida e tudo o mais que está contido nela.
















sexta-feira, 13 de maio de 2016

Ignorância a serviço da ideologia - A vida é muito mais além do que pode supor nossa vã filosofia...









Ignorância a serviço da ideologia 








O deputado Bolsonaro não podia estar mais equivocado. A vida é mais além... Existem diversas síndromes cromossômicas conhecidas como:


X0 - Sindrome de Turner

XXY, XXYY, XXXY, XXXYY, XXXXY- Sindrome de Klinefelter

XYY- Sindrome de Jacobs (ou super macho)

XXX, XXXX - Super fêmeas

mulheres XY - síndrome da insensibilização androgênica

homens XX - distúrbio da diferenciação sexual testicular


Muitos destes conhecimentos são conteúdo do ENSINO MÉDIO, então é meio estranho o deputado fazer uma afirmação destas. Não acham?

Obviamente o que o deputado queria com isso era dar uma de "zueiro" no seu ataque aos direitos LGBT. Não é mesmo?! Mas é sempre importante ser inteligente na hora de "zuar" para não apontarem seus erros e você passar por ignorante e preconceituoso.




Na “zueira”, é claro!





quinta-feira, 12 de maio de 2016

Conseguiram fazer dois mestres do cinema se entrecruzarem e, ao mesmo tempo, possibilitar aos cinéfilos uma viagem incrível, sem sair de suas casas.








ALFRED HITCHCOCK,  STANLEY KUBRICK, JACK NICHOLSON E JAMES STWART
SE ENCONTRAM  NUM VÍDEO PERTURBADOR










Conseguiram fazer dois mestres do cinema se entrecruzarem e, ao mesmo tempo, possibilitar aos cinéfilos uma viagem incrível, sem sair de suas casas.  

James Stewart vagueia através de um mundo surreal que combina elementos do universo de Alfred Hitchcock e Stanley Kubrick num vídeo muito bem editado.


Embora com carreiras justapostas por três décadas, James Stewart e Stanley Kubrick nunca trabalharam juntos em um longa-metragem. Essa pequena tragédia foi corrigida pelo vídeo The Red Drum Getaway, um estranho, mas fascinante curta-metragem que nos mostra Stewart passeando, não em um filme de Kubrick, mas vários, parecendo mais e mais confuso enquanto passeia através de um universo onírico.








Alfred Hitchcock foi o diretor responsável pelas performances mais famosas de Stewart. 



Combinando, para o delírio de cinéfilos, os mundos de Hitchcock e Kubrick, o vídeo surpreende pela qualidade da montagem e pela criatividade.  

O filme foi feito por Gump Adrian Dezalay, Emmanual Delabaere, e Simon Philippe.





Desafio: você é capaz de dizer quais são os filmes que se entrecruzam neste genial vídeo? Teste sua cultura cinematográfica! Boa sorte! 













TENHO UMA PERGUNTA PARA VOCÊ: Que conclusões você tira desta imagem?









UMA  IMAGEM FALA MAIS QUE MIL PALAVRAS






Tenho uma pergunta para você. Gostaria muito de ouvi-lo. 

O que você pensa da imagem abaixo? 

Que conclusões você tira desta imagem?









Vamos repensar o mundo que estamos construindo?





quarta-feira, 11 de maio de 2016

Experimente em realidade virtual uma viagem dentro da pintura de Salvador Dali.












Uma nova instalação no Museu Dalí em St. Petersburg, na Flórida permite que você experimente uma viagem em realidade virtual dentro da pintura de Salvador Dalí. 

Essa experiência faz parte da exposição "Disney e Dalí: Arquitetos da Imaginação", na qual os visitantes aprendem sobre a relação do surrealista com outro grande gênio, Walt Disney.

Em 1945, os dois se uniram para criar um curta de animação chamado "Destino". Dalí e Walt Disney se tornaram grandes amigos ao longo dos anos de trabalho em outras obras que fizeram juntos; obras estas que são exibidas pelo Museu Dalí em St. Petersburg. Trata-se de pinturas, esboços de histórias, fotos e objetos.


Já que estamos longe de ter essa experiência ao vivo, vamos degustar a obra Archaeological Reminiscence of Millet "Angelus", de 1933 através de um vídeo em 360°.




ATENÇÃO:  amplie o vídeo, use o mouse e com o cursor mova as setinhas esbranquiçadas que se situam no lado esquerdo do vídeo, abaixo, na parte de cima. Você terá uma experiência de movimentação dentro da obra de Dali em 360° assim que entrar dentro do quadro. 

Boa viagem!








Vá para dentro e para além da pintura Reminiscência Arqueológica de Dalí inspirada em Millet e explore o mundo do mestre surrealista como nunca antes. 



Sonhos, experiência de Dalí na exposição especial Disney e Dalí:

Arquitetos da imaginação no Museu Dalí em St. Petersburg, Florida



 










O Angelus  -   Millet









Sonhos de Dalí






"Eu me entreguei a uma breve fantasia durante a qual eu imaginava esculturas das duas figuras da pintura O Angelus de Millet  esculpida nas rochas mais altas ....”


Salvador Dalí




segunda-feira, 9 de maio de 2016

Ney Matogrosso canta Iracema que faz parte da trilha sonora do curta Dá Licença de Contar sobre a obra de Adoniran Barbosa














Exímio criador de tipos, sambista Adoniran Barbosa vira personagem de filme.









“Dá licença de contar”, de Pedro Serrano, baseado nas músicas do cancioneiro e compositor paulistano Adoniran Barbosa. O elenco conta com Paulo Miklos e Gero Camilo e a trilha sonora tem participação de Ney Matogrosso.










O curta Dá Licença de Contar (2015) ganhou notoriedade no país depois de ser premiado em diversos festivais de cinema do mundo, incluindo Festival de Gramado e Festival Internacional de Bilbao. O filme é baseado nas músicas do compositor Adoniran Barbosa e o elenco conta com Paulo Miklos (Califórnia), Gustavo Machado (Disparos) e Gero Camilo (Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios).









Gustavo Machado, Gero Camilo e Paulo Miklos 





Um curta-metragem que recria o universo existente nas canções de Adoniran Barbosa, calcado em uma estética condizente com tempo e espaço no qual o artista estava inserido. Episódios e personagens famosos nas canções do sambista paulistano são o fio condutor da história, retratando São Paulo nos anos 50.





Confira o trailer abaixo:






FICHA TÉCNICA:

Um filme de Pedro Serrano

Elenco: Paulo Miklos, Gero Camilo, Gustavo Machado, Aisha Jambo, Caio Juliano, Zemanuel Piñeiro.


Direção e Roteiro: Pedro Serrano





























Agora a ideia do curta ganhará uma nova janela, pois a história será recontada em um longa-metragem. O projeto está em fase de captação de recursos para que consiga ser viabilizado. Ainda não há confirmação se o elenco será mantido.















Ney Matogrosso canta Iracema música que faz parte da trilha sonora do curta Dá Licença de Contar. Ney opta por uma releitura mais dramática, quase um tango, costurando uma dramaticidade narrativa que revela bem a intensidade da letra da canção. A subversão, bem ao gosto de Ney Matogrosso, caiu como uma luva ao que propõe o filme.











Uma das composições mais famosas de Adoniran Barbosa pode não parecer uma música triste numa primeira ouvida, mas a história sobre o amor de um homem por Iracema, morta em um atropelamento, é uma grande narrativa trágica. Convidado para interpretá-la no curta-metragem Dá Licença De Contar, Ney Matogrosso, a pedidos do diretor Pedro Serrano, se entregou à melancolia que a letra sugere.






Direção: Pedro Serrano | Produção Musical: Lucas Mayer

Produção: Latina Estúdio e Pink Flamingo | Apoio: Rádio Eldorado e Flix Media







“Iracema é uma música bem trágica. Achei que eu iria poder deitar e rolar e fazer do jeito que achava que deveria ser”, conta Ney, que sente um certo alívio por poder dar uma nova roupagem ao icônico samba. “Fiquei nervoso porque achava que, inevitavelmente, iriam haver comparações com outros intérpretes de” Iracema” como Elis, mas como fomos para outro lado fiquei mais tranquilo”.






 












Como Noel Rosa cantava sua Vila Isabel e Dorival Caymmi cantava a Bahia, Adoniran escrevia canções-crônicas sobre bairros como Brás e Bexiga, com caracterização bem-humorada de personagens da cidade.



"Trem das Onze", "Saudosa Maloca" e "Tiro ao Álvaro" são composições até hoje muito lembradas, cantadas e vistas como cartões-postais musicais da cidade de São Paulo.







Adoniran Barbosa é o pseudônimo famoso de João Rubinato, filho de italianos, nascido em Valinhos, interior de São Paulo, em 1910. Alternando empregos e vários tipos de bicos, circulando por São Paulo, Adoniran entrou para o mundo do rádio na década de 30, como cantor e depois locutor e comediante. Na época, gravou seus primeiros discos e teve sucesso modesto com a marcha "Dona Boa", na voz de Raul Torres.






Mas foi na década de 1950, com o conjunto vocal paulista Demônios da Garoa, que encontrou sucesso nacional. O compacto com "Saudosa Maloca" e "Samba do Arnesto" foi lançado em 1955 e despontou no mercado fonográfico.








Nas vozes dos Demônios, encontrou veículo perfeito para as canções cheias de sotaques italianos, "causos" cotidianos e tipos paulistanos. "Apaga o Fogo Mané", "Iracema" e "As Mariposas" são algumas das canções da época. 







Elis Regina e Adoniran Barbosa




Na década de 70, Adoniran foi cantado por Elis Regina, Clara Nunes e Clementina de Jesus, e gravou seus três únicos LPs como cantor. Morreu em São Paulo, em 1982.          




Demônios da Garoa - Mais recente formação















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