terça-feira, 6 de outubro de 2009

Desespelho






Estorvo
Estorvo meu:
O que est.ilha.ça mais
Uma pedra
Ou a real-
Idade


?




................................




E só-çobraram
Ca.
.co.
.s...
Reflexos/soxelprep
Da desilusão em si.


Ademais
o que é uma auto-imagem
d ES t.ruída


?!







Torres Matrice
22/07/2007

TÉPIDA






Na tépida canção
vozes de névoas traduzem
um mundo em segredo:
Degredo e espera...
A terra de um Só.

O sono dos ciprestes
prestes a despertar
aquilo que em si se preste
ao espanto da paixão.

Magoadas endechas
queixas de silêncio
maquiadas.

Um poema em letras tardias...
Dias de tardes noturnas
sem fim.

Banimentos e esquecimentos
mementos imêmores
das distâncias e errâncias...
Tudo tão intensamente
debatendo-se contra as paredes
do mesmo lugar-nenhum.

Utopia dos desesperados sem porto
Horto das Oliveiras
desconforto e desvão.

Ilha de ilusão e quimera –
Mera sombra de um som:
Soul a alma negra que en.canta
como quem espanta
a dor que se embala
na noite espessa do espasmo...

Sombra que se bate à quilha
contra o vento que passa e rompe
no embate da canção.
Milhas em ondas de morrer
Ilhas em águas de esquecer
Nó e travo
Cravo
no centro da noite escura.





Torres Matrice 

15/04/2009

sábado, 3 de outubro de 2009

MEMENTO







Tanto nó em tanto Tanto
E no entanto é mas
E mais: porém em toda a vida...
Em toda via contudo
toda estrada havia
e não há mais.
Sol o por-me em mais afundo
em toda vida e tanto mas!
Tudo tão atravessado:
Tanto mar tanto mar...


Viés de coisa oblíqua em diagonal
feixo espinha de peixe
na garganta do silêncio


Tudo
por uma vida mais ordinária
maior que dó
em ré
e tanto desacorde
e um cor em desacordo:
epiderme insone e só


As paredes em que decalco a pele
estampas de tanto “se”: apelo
Exalam-me a tinta do que fui
e a cola do que não sou.


Se não fosse esse “se” em si
atravessado em mim na epiderme...
Se você ainda fosse você em ti antigo
na pele do mesmo lobo...
Mas é “se”
se você não fosse outro:
Um estranho alheio no mesmo em ti.


Mas você agora é Você!


E eu
Eu sou um si em mim fora de ti
fora de mim fora de nós.
Um se, talvez, quem sabe?!
Uma obsessão tatuada
no costume antigo de ser feliz
quando ser feliz era comum
como UM inteiro em DOIS
e fácil e bom e leve
mesmo sendo a dois.


Como era mesmo?!


Tudo tão impreciso na memória do homem que fui
que já nem me lembro do Ser inteiro decalcado de mim...


Na parede diagonal do corredor
onde tanto barulho esculpe
as desculpas que invento para não morrer
em meio a tanto “se”, contudo,
tanto mas, tanto porém
tanto no entanto, todavia
e o que havia já não o vejo mais...


E esse AL.arde dentro da p.ele?!


Será o vício que o tato tem
a teima de não te esquecer
o tique o truque o toque
a tara que há na tez?
Será


E esse barulho na memória da pele?!
E esse marulho...


Não é nada, não foi nada!


É só um jeito sem jeito
e silencioso
que achei de ser feliz
sem VOCÊ





Torres Matrice


03/10/2009

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Ossos do Ofídio





Mostro os ossos do ofício
exponho o vício do ofídio:
a mucosa negra do rancor.


Minha língua protrátil, bífida
destila o veneno da inveja
- que alimento!
sobre o que fui e tive.


Cobra-rei, Cobra-real
cobra de mim mesmo
a dor que me causei.


O amar botou em mim
a escama da dispersão,
o orifício da maldade
e um baú de ossadas
enterrado na memória.


O amor em sua verve rastejante
serpenteia a procissão dos amantes!
E por mais que nos dê asas
é no chão que se morre.


Prece ao sustento da dor:
Ladainha do amor morto...


No costume do corpo ressentido
a falta do amado é a goma do desalento.


A gosma da lesma ainda é a mesma
no rastejar das coisas infindas...


Tudo dói e deixa rastro, deixa lastro
luz fria da tarde na trilha da estrada morta...
Sinais da serpente na areia do caminho:
desenhos dos meu dias de agora.


Mostro o ofício dos ossos na tortura do sacrifício:
meu espírito ainda escama na espinha do sofrimento.





13/01/2009

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