Cultura é toda forma de intervenção humana na natureza transmitida de geração a geração, nas diferentes sociedades; Criação exclusiva dos seres humanos; Ela é múltipla e variável no tempo e no espaço, de sociedade para sociedade. Este blog pretende dividir um pouco da cultura engendrada pelo homem de todas as épocas e lugares, de todas as áreas do conhecimento humano, especialmente das artes, ciências e filosofia.
sexta-feira, 31 de maio de 2013
sábado, 25 de maio de 2013
Vida e Arte de Georgia O’keeffe
O filme é de 2006, tem direção de Bob Balaban e no elenco nomes como Joan Allen e Jeremy Irons. É um filme de origem americana que conta a história da maior pintora do país, Georgia O’keeffe.
O filme mostra a evolução de
Georgia como artista sob dois pontos principais, sua relação com Alfred
Stieglitz e a época em que ficou reclusa em Taos, no Novo México.
Os quadros deslumbrantes de
Georgia O’Keeffe são apresentados ao longo do romance de Georgia com o carismático
fotógrafo Alfred Stieglitz, interpretado por Jeremy Irons, porém ela sofre
colapso emocional ao perceber a infidelidade de Stieglitz, durante sua
autodescoberta em Taos, Novo México. Georgia O’Keeffe é um filme imperdível, um
drama cativante tanto para os fãs do trabalho da artista quanto para quem ainda
não a conhece.
Trailer do filme Georgia OKeefee
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quinta-feira, 23 de maio de 2013
PORTAL DOS FUNDOS - UMA TRUPE DO HUMOR INTELIGENTE
Portal dos Fundos é uma produtora que apresenta vídeos de comédia próprios na internet. Em seu canal no YouTube, esquetes humorísticas são lançadas toda segunda e quinta.
Em parceria com o site de humor Kibe Loco e a produtora Fondo Filmes, foi criada a Portal dos Fundos. A produtora conta com os atores Antônio Pedro Tabet, Fábio Porchat, Gregório Duvivier, Clarice Falcão, Marcos Veras, Júlia Rabello, Marcus Majella, Gabriel Totoro, Gustavo Chagas, Rafael Infante, Letícia Lima, Luis Lobianco; além de participações especiais, como as de Alexandre Nero, Maitê Proença, Marcos Veras, Fernanda Paes Leme e Victor Leal.
MICHELANGELO
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Miniature Worlds por Catherine Nelson
Catherine Nelson é uma
artista que utiliza o meio digital para "pintar" imagens juntas em paisagens
pessoais e imaginárias. Formada como pintora em Sydney e Londres, e com anos de
experiência na criação de efeitos visuais de filmes como Moulin Rouge e Harry
Potter, agora ela tem dedicado suas habilidades para a sua própria obra de arte
que combina as técnicas de ambos os mundos em um novo meio de arte
contemporânea.
Sua última série fotográfica foi exibida na Austrália, Nova Zelândia, China, Coreia, EUA e Europa e cativou o público e colecionadores de arte em cidades como Sydney, Paris, Los Angeles, Pequim e Seul.
"Quando abracei o meio da fotografia, eu senti que tirar uma foto que representava apenas o que estava dentro do quadro da lente não estava expressando minha experiência pessoal e interior do mundo ao meu redor. Com o olho e a formação de uma pintora e com anos de experiência atrás de mim em efeitos visuais de filmes, comecei a conduzir minhas fotos para outro nível."
A série Future Memories é composta por 20 mundos flutuantes, meticulosamente compostos com milhares de detalhes reunidos.
Visual, poesia, fotografia de natureza e técnicas digitais se misturam para dar forma a estas paisagens transcendentes. O resultado é uma mitologia pictórica contemporânea que sutilmente lembra o espectador de uma verdade profunda: é na variedade do florescimento de um local que o destino do mundo reside.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
EU E ÁGUA - CAETANO VELOSO
O mar total e eu dentro do eterno ventre
Eu e água
Caetano Veloso
A água arrepiada pelo vento
A água e seu cochicho
A água e seu rugido
A água e seu silêncio
A água me contou muitos segredos
Guardou os meus segredos
Refez os meus desenhos
Trouxe e levou meus medos
A grande mãe me viu num quarto cheio d'água
Num enorme quarto lindo e cheio d'água
E eu nunca me afogava
O mar total e eu dentro do eterno ventre
E a voz do meu pai, voz de muitas águas
Depois o rio passa
Eu e água, eu e água
Eu
Cachoeira, lago, onda, gota
Chuva miúda, fonte, neve, mar
A vida que me é dada
Eu e água
Água
Lava as mazelas do mundo
E lava a minha alma
domingo, 12 de maio de 2013
GRAPHIC NOVEL - MACHADO DE ASSIS ADAPTADO PARA OS QUADRINHOS - UMA FORMA DE ESTIMULAR A LEITURA DA OBRA ORIGINAL
Machado de Assis é o
responsável por grandes títulos da literatura brasileira. O escritor criou
personagens que marcaram por sua crítica social, como em Brás Cubas, ou pelo
mistério em Capitu e sua suposta traição em Dom Casmurro. Mas a produção machadiana também é
responsável por fazer um retrato do Brasil no século XIX e uma análise profunda da alma humana e alma brasileira. Sua obra, como um todo, já inspirou artistas de várias áreas da cultura brasileira, tais como no teatro, cinema, pintura, música, televisão etc.
Dom Casmurro em quadrinhos - Felipe Grecco e Mario Cau
Agora, temos também a chamada graphic novel: Machado de Assis em quadrinhos. Alguns outros quadrinistas já fizeram adaptações de Machado de Assis, porém a adaptação de Felipe Grecco e Mario Cau nos traz um olhar mais denso em relação aos demais.
Título: Dom Casmurro
Autor: Machado de Assis
Adaptação: Felipe Greco
(roteiro) e Mario Cau (arte)
Editora: Devir – 2012
O resultado é todo em preto e branco, apesar de que existam os que preferem a cor nos quadrinhos, aqui eles notarão que não se trata de preguiça ou de economia em tinta, mas de uma forma quase de adaptar o dualismo da história. No geral, é todo preto no branco, mas quando o artista usa o branco sobre o preto, é para mostrar os momentos mais introspectivos e pensamentos mais obscuros de Bentinho.
Capitu, apesar daqueles olhos que o diabo lhe deu... Você já reparou nos olhos dela? São assim de cigana oblíqua e dissimulada.
Dom Casmurro - Machado de
Assis
ENTREVISTA COM OS ADAPTADORES DA OBRA DE MACHADO DE ASSIS - Felipe Greco (roteiro) e Mario Cau (arte)
Adaptações para cinema:
Capitu (1968) de Paulo César Saraceni, Dom (2003) de Moacyr Góes; para teatro:
Criador e criatura - o encontro de Machado e Capitu (1999) de Flávio Aguiar e
Ariclê Perez, Capitu (1999) de Marcus Vinícius Faustini; para ópera: Dom Casmurro
(1992) de Ronaldo Miranda e Orlando Codá (fonte: machadodeassis.org.br);
Microssérie para TV: Capitu (Rede Globo - 2008)
O compositor paulista Luiz
Tatit compôs uma canção intitulada Capitu, gravada por Zélia Duncan e Ná
Ozzetti que, apesar do título, refere-se a uma internauta que usa o nome de
Capitu (a letra rima "hábil, hábil, hábil" com "www").
Machado de Assis em minissérie da Globo - Adaptação de Dom Casmurro
Machado de Assis no Cinema - Dom - Livre adaptação de Dom Casmurro
Figurino de "Dom
Casmurro" oferece pistas sobre ações dos personagens
Clássico de Machado de Assis,
"Dom Casmurro", serve como fonte para entender a moda e a sociedade do
final do século XIX.
Partindo dessa premissa,
Geanneti Tavares Salomon desenvolveu o livro "Moda e Ironia em Dom Casmurro".
Moda e Ironia em Dom Casmurro
Autora: Geanneti Tavares
Salomon
Editora: Alameda
Páginas: 196
Este livro mostra que a
ambiguidade presente em "Dom Casmurro", de Machado de Assis, marca da
ironia do autor, também está presente na moda. Esse estudo, desenvolvido pela
autora Geanetti Tavares Salomon, revela que a moda pode ser vista dentro da
perspectiva de Machado como uma estratégia de criação literária ao passo que
colabora na construção dos perfis das personagens idealizados e manipulados por
ele em função da trama da narrativa. Além disso, "Moda e Ironia de Dom
Casmurro" contribui de forma ímpar para o entendimento da moda do século XIX.
Salomon é mestre em
Literaturas de Língua Portuguesa, pela PucMinas e graduada em Letras e no curso
de Estilismo e Modelagem do Vestuário na UFMG.
Unindo seus conhecimentos nos
dois campos distintos ( literatura e figurinismo ), analisa os aspectos psicológicos das personagens do
clássico "Dom Casmurro" partindo de sua vestimenta.
Segundo a autora, as roupas descritas por Machado de Assis são reflexos de suas emoções e intenções. Para Salomon, pequenas dicas do comportamento ao longo da história são oferecidas pelo figurino.
Por tabela, o texto de
Machado fornece bases para compreender o momento histórico no qual a obra se
passa. Por exemplo, passado no final do século 19, "Dom Casmurro"
revela nos trajes a mudança que a sociedade essencialmente agrária começa a sofrer,
vivendo a expansão capitalista da época.
Da mesma forma, a evolução da
moda pode ser observada na história de Capitu e Bentinho. Fiel ao cenário em
que viveu, Machado de Assis transfere para o papel todos os hábitos da
sociedade, o que incluiu a forma como se vestiam.
O psicanalista inglês John
Carl Flügel (1884-1955) dizia que o uso de roupas em seus aspectos psicológicos
se assemelhava ao "processo pelo qual um sintoma neurótico se
desenvolvia". Nada mais verdadeiro para Joaquim Maria Machado de Assis. Em
seus romances, as roupas nos falam das personagens mais do que terapeutas. Elas
são reflexos quase exatos de emoções ou características que certamente serão ou
foram desenvolvidas pelo escritor. Assim, na primeira aparição da protagonista
de "Dom Casmurro", Capitu está com os sapatos simples de
"duraque" costurados por ela mesma. Nessa pequena descrição de
Machado esconde-se todo um mundo, da mesma maneira que em cada roupa, trajes e
adereços das personagens ocultam as brincadeiras literárias, os jogos de luz,
sombra e ironia do romance.
"Moda e Ironia em Dom
Casmurro" nos aproxima da relação moda e literatura. Através das
descrições dos vestuários é possível perceber os primeiros passos da expansão
capitalista global no final do século 19, quando a sociedade de consumo ainda
estava se formando. Geanetti Tavres Salomon traz para o leitor a sociedade
brasileira em transição do final do século XIX observada pela capacidade incomparável
de Machado de Assis.
No século 19, a moda
mudava em média de 25 em 25 anos
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