sexta-feira, 15 de abril de 2016

Maria Bethânia - Música conta a triste história de uma transexual brasileira brutalmente assassinada em Portugal






Gisberta Salce Junior






Maria Bethânia - Balada de Gisberta - DVD Amor Festa Devoção



Música interpretada por Bethânia conta a triste história de uma transexual brasileira que foi brutalmente assassinada na cidade de Porto, em Portugal no ano de 2006. Gilberto, ou melhor, Gisberta, sofreu todo tipo de violência física e verbal por mais de dois dias seguidos nas mãos de um grupo de adolescentes entre 12 a 16 anos de idade.






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O Compositor português, Pedro Abrunhosa, fez essa linda homenagem a Gisberta que já brilhou em palcos de tantos carnavais. A interpretação de Maria Bethânia é ímpar (como sempre), é de tirar o fôlego! 


ONDE VAI PARAR TANTA VIOLÊNCIA? 

Até quando o "diferente" tem que ser punido com pancadas na escola ( espaço de educação e cultura ) ou com a própria vida?





BALADA DE GISBERTA

(Pedro Abrunhosa)







Perdi-me do nome,
Hoje podes chamar-me de tua,
Dancei em palácios,
Hoje danço na rua.









Vesti-me de sonhos,
Hoje visto as bermas da estrada,
De que serve voltar
Quando se volta para o nada?











Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.










Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
O fim quer me buscar.











Sambei na avenida,
No escuro fui porta-estandarte,
Apagaram-se as luzes,
É o futuro que parte.








Escrevi o desejo,
Corações que já esqueci,
Com sedas matei
E com ferros morri.










Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.







Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
E o fim quer me buscar.








Trouxe pouco,
Levo menos,








A distância até ao fundo é tão pequena,
No fundo, é tão pequena,
A queda.








E o amor é tão longe,
O amor é tão longe








O amor é tão longe
O amor é tão longe...









A brasileira que virou símbolo LGBT e cujo assassinato levou à novas leis em Portugal



                                    Gisberta Salce Junior, uma imigrante brasileira de 45 anos.



Há 10 anos, Gisberta foi agredida e violada sistematicamente por 14 adolescentes durante dias e seu corpo foi encontrado no fundo de um poço.


Há dez anos, Portugal despertava para a crua realidade da intolerância e do ódio contra os homossexuais. O assassinato de uma transexual no Porto chocava a sociedade. Agredida e violada sistematicamente por 14 adolescentes durante dias, seu corpo foi encontrado no fundo de um poço de 15 metros. A vítima: Gisberta Salce Junior, uma imigrante brasileira de 45 anos.







Adolescentes, cristãos, entre os 12 e os 16 anos, que frequentavam escola e instituição administrada pela Igreja Católica, Oficina de São José, dividiram-se em grupos que revezavam-se para espancar, violentar e humilhar a brasileira.



Durante três dias, Gisberta foi agredida a pedradas, pauladas e chutes. Foi sexualmente torturada com o uso de pedaços de madeira e teve o corpo queimado com cigarros. Entre 21 e 22 de fevereiro de 2006, os jovens voltaram ao prédio abandonado. A brasileira não respondia a qualquer estímulo. Ao julgarem que estava morta, planejaram como desaparecer com o corpo.


Primeiro pensaram em queimá-lo, mas desistiram por medo de que a fumaça atraísse a atenção de seguranças que trabalhavam num parque próximo. Depois imaginaram enterrá-lo, mas não tinham as ferramentas necessárias. Então, optaram por atirá-la ao fosso do prédio, que estava cheio de água. Gisberta estava inconsciente, mas ainda viva. Morreu afogada.




Balada de Gisberta na voz de Gisele Almodovar  -  BR-TRANS



Balada de Gisberta na voz de Gisele Almodovar e o músico Rodrigo Apolinário














BALADA DE GISBERTA  -  RICKY VALLEN





A história da brasileira foi transformada em peça de teatro, em documentário e na canção Balada de Gisberta, composta pelo português Pedro Abrunhosa e interpretada por Maria Bethânia.

Seu corpo está enterrado em São Paulo. Mas sua presença ainda é marcante em Portugal, onde se transformou numa bandeira para a igualdade de gênero e os direitos humanos.




A atriz Rita Ribeiro interpretou no Teatro Rivoli, na cidade do Porto, em Portugal, entre 30 de Janeiro a 16 de Fevereiro de 2014, a mãe da transexual brasileira, Gisberta, que em 2006 foi vítima da intolerância e da violência de 14 jovens de uma instituição católica.








Vídeo de atribuição do Prémio Arco-Íris 2014 à peça 'Gisberta', da autoria de Eduardo Gaspar e interpretada por Rita Ribeiro em Portugal.

















 
















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