Gisberta Salce Junior
Maria Bethânia - Balada de Gisberta - DVD Amor Festa Devoção
Música interpretada por Bethânia conta a triste história de uma transexual brasileira que foi brutalmente assassinada na cidade de Porto, em Portugal no
ano de 2006. Gilberto, ou melhor, Gisberta, sofreu todo tipo de violência
física e verbal por mais de dois dias seguidos nas mãos de um grupo de
adolescentes entre 12 a 16 anos de idade.
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O Compositor português, Pedro Abrunhosa, fez essa linda homenagem a Gisberta que já brilhou em palcos de tantos carnavais. A interpretação de Maria Bethânia é ímpar (como sempre), é de tirar o fôlego!
ONDE VAI PARAR TANTA VIOLÊNCIA?
ONDE VAI PARAR TANTA VIOLÊNCIA?
Até quando o "diferente" tem que ser punido com pancadas na escola ( espaço de educação e cultura ) ou com a própria vida?
BALADA DE
GISBERTA
(Pedro
Abrunhosa)
Perdi-me do
nome,
Hoje podes
chamar-me de tua,
Dancei em
palácios,
Vesti-me de
sonhos,
Hoje visto
as bermas da estrada,
De que serve
voltar
Eu não sei
se um Anjo me chama,
Eu não sei
dos mil homens na cama
Eu não sei
se a noite me leva,
Eu não ouço
o meu grito na treva,
Sambei na
avenida,
No escuro
fui porta-estandarte,
Apagaram-se
as luzes,
Escrevi o
desejo,
Corações que
já esqueci,
Com sedas
matei
Eu não sei
se um Anjo me chama,
Eu não sei
dos mil homens na cama
Eu não sei
se a noite me leva,
Eu não ouço
o meu grito na treva,
Trouxe
pouco,
A distância
até ao fundo é tão pequena,
No fundo, é
tão pequena,
E o amor é tão longe,
O amor é tão
longe
O amor é tão
longe...
A brasileira que virou símbolo LGBT e cujo assassinato levou à novas leis em Portugal
Gisberta Salce Junior, uma imigrante brasileira de 45 anos.
Há 10 anos, Gisberta foi agredida e violada sistematicamente
por 14 adolescentes durante dias e seu corpo foi encontrado no fundo de um
poço.
Há dez anos, Portugal despertava para a crua realidade da
intolerância e do ódio contra os homossexuais. O assassinato de uma transexual
no Porto chocava a sociedade. Agredida e violada sistematicamente por 14
adolescentes durante dias, seu corpo foi encontrado no fundo de um poço de 15
metros. A vítima: Gisberta Salce Junior, uma imigrante brasileira de 45 anos.
Adolescentes, cristãos, entre os 12 e os 16 anos, que frequentavam escola e instituição administrada pela Igreja Católica, Oficina de São José, dividiram-se em grupos que revezavam-se
para espancar, violentar e humilhar a brasileira.
Durante três dias, Gisberta foi agredida a pedradas, pauladas
e chutes. Foi sexualmente torturada com o uso de pedaços de madeira e teve o
corpo queimado com cigarros. Entre 21 e 22 de fevereiro de 2006, os jovens voltaram ao
prédio abandonado. A brasileira não respondia a qualquer estímulo. Ao julgarem
que estava morta, planejaram como desaparecer com o corpo.
Primeiro pensaram em queimá-lo, mas desistiram por medo de
que a fumaça atraísse a atenção de seguranças que trabalhavam num parque
próximo. Depois imaginaram enterrá-lo, mas não tinham as ferramentas
necessárias. Então, optaram por atirá-la ao fosso do prédio, que estava cheio
de água. Gisberta estava inconsciente, mas ainda viva. Morreu afogada.
Balada de Gisberta na voz de Gisele Almodovar - BR-TRANS
Balada de Gisberta na voz de Gisele Almodovar e o músico
Rodrigo Apolinário
BALADA DE GISBERTA - RICKY VALLEN
A história da brasileira foi transformada em peça de teatro,
em documentário e na canção Balada de Gisberta, composta pelo português Pedro
Abrunhosa e interpretada por Maria Bethânia.
Seu corpo está enterrado em São Paulo. Mas sua presença ainda
é marcante em Portugal, onde se transformou numa bandeira para a igualdade de
gênero e os direitos humanos.
A atriz Rita Ribeiro interpretou no Teatro Rivoli, na cidade do Porto, em Portugal, entre 30 de Janeiro a 16 de Fevereiro de 2014, a mãe da transexual brasileira, Gisberta, que em 2006 foi vítima da intolerância e da violência de 14 jovens de uma instituição católica.
Vídeo de atribuição do Prémio Arco-Íris 2014 à peça 'Gisberta', da autoria de Eduardo Gaspar e interpretada por Rita Ribeiro em Portugal.
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