Na tépida canção
vozes de névoas traduzem
um mundo em segredo:
Degredo e espera...
A terra de um Só.
O sono dos ciprestes
prestes a despertar
aquilo que em si se preste
ao espanto da paixão.
Magoadas endechas
queixas de silêncio
maquiadas.
Um poema em letras tardias...
Dias de tardes noturnas
sem fim.
Banimentos e esquecimentos
mementos imêmores
das distâncias e errâncias...
Tudo tão intensamente
debatendo-se contra as paredes
do mesmo lugar-nenhum.
Utopia dos desesperados sem porto
Horto das Oliveiras
desconforto e desvão.
Ilha de ilusão e quimera –
Mera sombra de um som:
Soul a alma negra que en.canta
como quem espanta
a dor que se embala
na noite espessa do espasmo...
Sombra que se bate à quilha
contra o vento que passa e rompe
no embate da canção.
Milhas em ondas de morrer
Ilhas em águas de esquecer
Nó e travo
Cravo
no centro da noite escura.
Torres Matrice
15/04/2009
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