O Medo me miava mais:
mímico mudo ameaçar
da miséria humana.
Meu mote mortal!
O medo felino arranhando,
às raias do remorso,
meu imerso dorso manso.
Essa extrema ignorância
em momento muito agudo:
M E D O
É no silêncio estriado
que a fera fere rente,
desliza suas garras:
semitarras do horror.
Que vale levar a vida a doer
até a escuma do bofe?!
A lâmina me vara...
O Medo me urra,
curra-me a razão,
zurra feito alimária
e eu arrasto correntes,
carente de tanto amor
e desejo agudo.
24/11/2005
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