sábado, 26 de abril de 2008

A Barra do Dia


Poderia dormir,
ir além da dor
- E iria... dormiria... -
conquanto tivesse o poder,
poderia...rir, riria até!, quem sabe?!

Mas, esse trompete jazístico soluça...
Oh! Tormenta!
Na cabeça, no ouvido?!
Na alma, no coração?!
Onde?

Onde, esse trompete rouco?
Será um lobo que chora?!
Uma Dama de branco canta sua nudez essencial: lindo!
E eu que já não sei
se o pesadelo é a voz,
lindíssima e triste!!,
se o trompete, se o canto,
o uivo, o brancor ou...
Quem sabe?!

A barra do dia arrebenta-se no horizonte
- ( contra/ções solares ) -
mas o sol nasce morto: parto-me!
E aquela Dama é uma sereia
naufragando o Amor!
Tudo brilha e sucumbe
sob seu canto.

Quem diria?




06/09/2005

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