O poeta inglês W.H. Auden (1907-1973) nunca teve o mesmo status crítico que outros poetas modernos de
língua inglesa, como o irlandês W.B. Yeats e os americanos T.S. Eliot, Ezra
Pound, Wallace Stevens e outros. Mas, de uma maneira que não ocorre com esses outros poetas, W.H. Auden está sempre de volta à moda, ao noticiário, ao hábito de milhares de leitores
em diversos países.
W. H. Auden nasceu na Inglaterra, em 1907. Mudou-se para Birmingham na infância e estudou no Christ's
Church, em Oxford. Quando jovem, era influenciado pelas poesias de Thomas
Hardy, Robert Frost, William Blake e Emily Dickinson.
Em 1928, Auden publicou seu
primeiro livro de versos e sua coleção "Poemas", publicada em 1930, o
que o colocou no topo da nova geração de poetas. Era admirado pela sua técnica
e habilidade em escrever poemas em todas as formas imagináveis, pela
incorporação em suas obras de elementos da cultura popular, eventos atuais à época e
também por seu vasto intelecto. Sua poesia frequentemente reconta, literal ou
metaforicamente, uma jornada ou aventura, e suas viagens acabaram servindo como
rico material para seus versos.
W.H. Auden é citado e recitado por diversas vezes no mundo da arte. No cinema, por exemplo, seus poemas aparecem em filmes como "SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS" e no mais recente " QUATRO CASAMENTOS E UM FUNERAL".
O seu poema "Stop all the
clocks, cut off the telephone" (ou Funeral Blues) foi utilizado no filme
"Quatro casamentos e um funeral" - Four Weddings and a Funeral, de
Mike Newell (1994).
STOP ALL THE CLOCKS, CUT OFF TELEPHONE ( OU FUNERAL BLUES )
Parem todos os relógios,
desliguem o telefone,
Evitem o latido do cachorro
com seu osso suculento,
Silenciem os pianos e com
tambores lentos
Tragam o caixão, deixem que o
luto chore.
Deixem que os aviões voem em
círculos altos
Riscando no céu a mensagem
Ele Está Morto,
Ponham gravatas beges no
pescoço dos pombos brancos do chão,
Deixem que os guardas de
trânsito usem luvas pretas de algodão.
Ele era meu Norte, meu Sul,
meu Leste e Oeste,
Minha semana útil e meu
domingo inerte,
Meu meio-dia, minha
meia-noite, minha canção, meu papo,
Achei que o amor fosse para
sempre: Eu estava errado.
As estrelas não são
necessárias: retirem cada uma delas;
Empacotem a lua e façam o sol
desmanchar;
Esvaziem o oceano e varram as
florestas;
Pois nada no momento pode
algum bem causar.
W. H. AUDEN
ACOMPANHE NO VÍDEO ABAIXO A INTERPRETAÇÃO MAGISTRAL DE "STOP ALL THE CLOCKS, CUT OFF TELEPHONE ( OU FUNERAL BLUES )
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