domingo, 30 de setembro de 2007

Para Depois do Amor



abarradoamoréqueeleémeioermo
abarradamorteéqueelanãotemmeiotermo






AGORA
QUE JÁ NÃO HÁ
MAIS
NADA
QUE
/A VIDA ESTANCOU/
E A
MORTE
PASSEIA
COM FLORES CALCINADAS DE DOR
ENTRE OS DENTES
............................


AGORA
VOCÊ
PODE SORRIR BÉLICO
CÍNICO
ÚNICO
FEITO A GUERRA
SOBRE O JAZIGO
DO SOLDADO DIS.TRAÍDO
A QUEM
VOCÊ CHAMA
DE
HERÓI
E COSPE
!!!!!!!




24.09.2004

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

OVENÇA








( ovelheiro )




ELE

assim tão púbere
tão imberbe
lolito
nessa primavera à flor da pele


EU

assim assaz
à flor do sexo
tão mau tão lobo
amando e desrespeitando-o
( à flor do desejo )
como convém
ao pastor e sua ovelha
na hora da ceia:
Amem!

REPARA!










Depois do abandono
a perplexidade ressoando desertos
no ouvido viúvo:
a surdez gemendo silêncios mortais.

Desfigurado, nem a mim reconheço!!!

- Sim, sou eu, mas quem...?!!

Des.perto do pesadelo:
ninguém ao meu lado...
O lá do vazio sou eu!

Acordar é um pesadelo pior
acordo do acordar para o pesadelo real:
Labirinto invisível...

Um estranho dentro de mim
vagando sem no.vê-lo
Teseu desbaratado

Atado ao desequilíbrio:
Labirintite em Min.o.tauro
O fio da perdição na mão do monstro: Re-
Pára!!!











Torres Matrice

LINGUAGEM




Quisera chamar-te, mas como se não há?!
A quem o silêncio esconde?
Invento uma silueta... Deposito aí o desejo,
mas ninguém está.
Sou só eu só somente
Semente que se mente, mata!
Mente só mente
Mente... só!
Tudo mais é projeção...
Procuro não pesar meu pesar
não pensar
Procuro a garatuja, rascunho, rabisco,
um traço que me trace um perfil, um risco no vão.
Um perigo... Um desenho no limbo, vulto.
Qualquer linha que me alinhe num traço...


que ligue os pontos............... ............. .................. o sonho à realidade


Como realizar-te?!


A realidade não cessa de escrever, ver, rever
alinhavar, bordar, os bastidores dessa vida:
haja não vê-lo para tanta linha!!!
Meus dedos descrevem arrisca no bordado
onde meu tato constrói a leitura definitiva
de um pesado palavrão: NÃO.
Não há.
O vão da palavra crê,
mesmo sabendo que deuses são projeções
no delírio da linguagem febril do homem.




Silvio Torres

SOMENOS














Do tanto que perdi
O quanto me sub/traí - Só
Eu sei...



A carne descolada
do o s s o
O espírito do corpo.

A lesma dos milésimos de segundos
Impregnando com seu limo torpe
a febre latejante de tudo que perdi.

O quanto me deixei
do tanto que fiquei
no sumidouro do espelho:
somenos!

Eu sei o que eu era...

A carne descolada   O   osso p.u.l.v.e.r.i.z.a.d.o
pelo aço inacreditável da dor que range 
e raspa até o pó
de tudo que perdi...

Do que foi... Do que fui...
Nem sombra.

Silvio Torres

UM TREM-DE-DOIDO










Um Silêncio
insinuou-se ao nascer do


sOl


...atravessou o dia...
...atravessou a tarde...
...atravessou a noite...
...atravessou a madrugada...


(!atravancou a vida!)


virou o dia
virou a tarde
virou a noite
varou a madrugada




-flecha seteira- - - - - - >



.




e virou um trem-de-doido
no túnel da minha alma...










05/04/2010
















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