quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

DOR






Passo morto
a estrada vã
sou eu.
desabrida t.erra
de semea.dura pétrea
Muito veneno
para um só coração:
Infernal - ofídio!
É dor infinda, mortal.
Terra de ninguém: abismos, errância...
Onde visceral morte
viceja?
Passo adiante...
O grito de Munch
é pouco.
Aro a terra infértil...
A sombra é funesta: esta!!!
e fecunda a fresta do sonho, o peito...
 Caminho para uma colheita
Medonha:
O Amor estertora em treva: atreva, verta-o!






16.09.2004

Ruínas








?
e o q mais
o q sobrou de tudo
o que restou
soçobrou


o quê, meu Deus?!!


Só as vozes
das ruínas
respondem: ecoam doridas
O silêncio é mais!!!
ensur.desce
mais alto
O vazio aborda borda transborda
r-e-t-a-l-h-a
a alma
Inunda a palavra: DOR
Há dor
em cada sombra
que Amor deixou.


Uma tecla constante e repetitiva
piano...piano...piano da dor
Insiste:
istmo entre tortura permanente
da canção sem harmonia
e o NÃO.


O que resta
é o supremo dom do humano
para o amor que dói
e não tem fim...
Mesmo depois dos escombros!!!






25.09.2004

sábado, 26 de janeiro de 2008

CÍTRICA









FORA DO P.RUMO


O RUMO DA VIDA

 FICOU
COMO SE ALGOS HOUVESSE
dolorosaMENTE
PART/IDO
NA ESPINHA DA EXISTÊNCIA
UM ESTALO
!!!!!!!!!!!!!!!!!!
AGORA
A dor
é a coluna de sustentação: tudo é um devir, um desvão
ECOS DO NAUFRÁGIO: TUDO é dor  É SILÊNCIO
A VIDA MOSTRA, AFINAL, SEU VASTO CORAÇÃO
DE GELEIRA
cítrica


DEUS ESTÁ MORTO!!! O QUE FAZER
?????????????????????????????????????????????????????????????

???
COMO ENCONTRAR-ME
SE MAIS QUE PERDER O AMOR
PERDI A MIM MESMO
NO DESCAMINHO VIOLENTO DA dor
FRIO... VAZIO...
CÉTICO E PERPLEXO PERANTE O ABISMO QUE SE

...E.X.P.A.N.D.E...
ESPERANDO QUE A MORTE SILENCIE A REVOLTA
E A MÁGOA
QUE A MINHA INCOMPETÊNCIA DESTILA NO VÃO AMARGO DO MEU SILÊNCIO.
TUDO QUE ERIJO JÁ ERA!!!
POSTO-ME , SOB O SELO DA DESGRAÇA,
ONDE A TRISTEZA  ESPREITA AFOITA,
INVARIAVELMENTE,
TREVOSA... FÚNEBRE... MEDONHA... ADSTRINGENTE

E APAIXONADA.







Torres Matrice 

Infernal Temporada






O demônio urra
cuspindo as frágeis penas
da presa:
me consumo entre estertores...
Penas do amar
apenas ave
entre mandíbulas
na boca do lobo.


Penando, assim,
agonizo
entre dentes contundentes
 bruta força do viver.


É não vir, não ver para crer
que o amor, alma penada,
morre ao canto da boca da Ave-Maria...
é tarde...
A noite densa estende suas medonhas asas:
o inferno viceja ao canto do galo!
Raia o fim...


Que Dor!!!




04.11.2004

AUSÊNCIA








Acordei em prantos doridos
criança cuja mãe morreu: eu
sozinho...


...


...tão sozinho...




é que... ...dói-me o sono...




Dói-me o peito...
dói-me a alma
dói-me a mente...
dói-me a vida... dói-me o pranto...


Em tudo que é silêncio, a casa dói!!!
Em tudo que é silêncio... em cada canto...
A casa dói:
Do mais profundo do seu alicerce imponderável
até as raízes da madeira no telhado bolorento!


mói


Preciso dormir...
eu preciso dormir, meu Deus!!!


Por favor!










09.11.2004


quarta-feira, 16 de janeiro de 2008






São os gris pelos
pelo corpo
que sinalizam:
pincéis!

A arte do pintor cruel!
Peitoqueixocabeça à beça!
Glaceados de amaro açúcar:

Geada...
O mármore frio,
alvo,
gélido e doloroso...

Frialdade.
Linhas do chicote,
marcas indeléveis... 


Que fazem os dentes do tempo
na carne do viver?



No rosto
a epiderme triste, tépida,

o fim do olor suave...

A canção não é mais,

é menos colorida.
A cor agora é outra,
o cheiro... 

Gris alho...
O dente que fere,

a cabeça que relembra
o ontem.


Os aromas das flores ressequidas,

o campo sem espaço, inodoro.
Vislubre do limite: o cheiro.
O perfume evola-se,
a canção chega ao fim - e dói!!Tudo é precipício e ausência,
tudo perda e silêncio...

Só.










22.07.2004

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

MATILHA DE UM SÓ






Uivo
lancinante uivo
eu, cão danado,
atravesso meu avesso


Noite sem fim...
Eu não me acabo nunca!
Noite densa...


Meu grito corta além...
Solto como uma dor
espalhada no aerado sangue
da Noturna.


Metástese da escuridão...
Sou o uivo infernal e só!!
Soa cão danado! Ladra ladrão de mim!!!
Noite do sem fim.


Na vala do breu
a escuridão é navalha que cega,
rasga o ventre da noite.


No desatino supus o pulo lupino:
Lupus.
Sou o Lobo de mim!
Danação e miséria.


Arrasto-me coxo
gauche
espalho meu sangue
pela areia movediça do deserto que sou.


Lei do Cão! Mondo Cane!
Matilha de um só.





26.04.2006

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

LUVA






O inevitável, enfim:
perdeu-se da minha, sua mão!
Um gesto assim: aéreo
resto da imprecisão.
Luva vazia afagando a dor...
Tudo tão hostil no existir.
Fugir não acalenta. Não há como...
A luva A garra O infinito Vazio...
Cadê sua mão? O gesto... Cadê?!!
Fuga em dó maior: infinitésimo momento...
Não esqueça minha mão, por favor!!!
Não perca, não solta, não larga...
Volta que a vida dá!
Re.volta!!!
Na palma da solidão solta,
revolta linha da mão...
Dos nossos dedos entrelaçados, que restou?!
Foram-se os dedos e os aneis...
Sua palma, minha alma.
Calma... Cadê a calma?!
A solidão fervorosa
une minhas mãos
numa oração sem Deus:
a luva oca
é pouca para tanto tato da devoção.
Eu tento... finjo... quase creio!
Sorr.ir, só r.ir, finjo sorr.ir... eu posso fing.ir...
Eu consigo??!!
Faço média para a solidão me acompanhar,
substituindo sua mão como uma luva na minha.
Será que ela me cai bem??!!
Um tapa da mão que escreve torto
por linhas erradas...

a.deus!



12.11.2005

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Papiro, o papel do Egito: os passos da história nas páginas do Egito. O livro caminha e leva consigo a alma do mundo.







De como eu me encontro na poesia que vem da música de Vitor Ramil - A Estética do Frio.

SOMENOS





Do tanto que perdi


o quanto


me sub.traí - Só


eu sei...


A carne descolada do osso,


o espírito do corpo.




A lesma dos mílésimos de segundos


impregnando,


com seu limo torpe,


a febre latejante


de tudo que perdi.




O quanto me deixei


do tanto que fiquei


no sumidouro do espelho:


SOMENOS!!




Sei o que fui...




A carne descolada O osso pulverizado


pelo aço inacreditável da Dor que range e raspa


até o pó.




De tudo que perdi...


Do que foi... Do que fui...


Nem sombra...


...





12.04.2005

PARA DEPOIS DO AMOR

 

abarradoamoréqueeleémeioermo
abarradamorteéqueelanãotem
meiotermo




Agora


que já não há


mais


NADA


que


A VIDA ESTANCOU


E


A MORTE


passeia


com flores calcinadas de dor


entre os dentes




.....................................................


.....................................................






agora


você


já pode sorrir bélico


CÍNICO


ÚNICO


feito a guerra


sobre o jazigo


do soldado dis.traído


a quem


você chama


de


HERÓI


e cospe




!!!!!!!!!!






24.09.2004



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