quarta-feira, 16 de janeiro de 2008






São os gris pelos
pelo corpo
que sinalizam:
pincéis!

A arte do pintor cruel!
Peitoqueixocabeça à beça!
Glaceados de amaro açúcar:

Geada...
O mármore frio,
alvo,
gélido e doloroso...

Frialdade.
Linhas do chicote,
marcas indeléveis... 


Que fazem os dentes do tempo
na carne do viver?



No rosto
a epiderme triste, tépida,

o fim do olor suave...

A canção não é mais,

é menos colorida.
A cor agora é outra,
o cheiro... 

Gris alho...
O dente que fere,

a cabeça que relembra
o ontem.


Os aromas das flores ressequidas,

o campo sem espaço, inodoro.
Vislubre do limite: o cheiro.
O perfume evola-se,
a canção chega ao fim - e dói!!Tudo é precipício e ausência,
tudo perda e silêncio...

Só.










22.07.2004

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