"Temo que um dia a tecnologia ultrapasse a humanidade. Se isso acontecer seremos uma geração de idiotas."
Albert Einstein
O CONSUMO DA MODERNIDADE
Passar ao menos uma hora longe deles é difícil, smartphones e tablets já fazem parte da rotina e você faz a sua agenda já pensando em como eles podem ajudar na economia do tempo e na realização de mais de uma tarefa simultaneamente. "Muita gente, no entanto, acaba viciada em todas as funções que esses aparelhos trazem, como jogos e aplicativos", afirma a psicóloga Marina Vasconcellos, de São Paulo.
"Essas pessoas se comportam como se, em todos os momentos, acontecesse algo tão importante a ponto de impedir a desconexão".
O resultado da mania é a sensação permanente de que falta tempo para dar conta de tudo e relações mais impessoais, isolamento, indiferença ao próximo, já que a tecnologia acaba atravessando os encontros.
"Não é o caso, evidente, de abrir mão da tecnologia, mas aprender a usá-la a seu serviço - e não ficar à disposição dela initerruptamente", diz a especialista.
“Contanto que você possua,
mas não seja possuído”
As mãos tremem e o corpo sua
frio. O coração bate acelerado e só de pensar na possibilidade de ficar longe
dele bate uma angústia sem tamanho. Agitação e insônia também podem acontecer –
afinal, e se não estiver funcionando no dia seguinte também, como viver? A
sensação ruim, enfim, só vai embora quando os dedos sentem o toque das teclas e
a luz do visor ilumina os olhos. Ficar sem celular, de novo, nem pensar!
O exemplo acima é exagerado e
mais adequado para descrever um viciado em drogas, mas serve para falar sobre
um novo sintoma que tem se tornado objeto de pesquisas bem sérias. Trata-se de mais uma fobia gerada pelos exageros, descontroles e mau uso das tecnologias: o
medo de ficar sem celular – ou nomofobia, como uma pesquisa inglesa está
chamando a “doença” moderna. O termo vem da expressão “no mobile fobia”, ou
“fobia de ficar sem celular”, em uma tradução livre, e, de acordo com os dados
coletados neste estudo, já existem motivos para se preocupar.
Das cerca de mil pessoas entrevistas no Reino Unido, 66% delas declararam que ficam “muito angustiadas” com a ideia de perder o celular. Entre jovens de 18 e 24 anos, o índice é maior ainda: 76% deles abominam a ideia de viver sem o aparelho, segundo pesquisas. Na França, a empresa Mingle fez um estudo parecido, que também mostra resultados curiosos. Lá, 34% dos jovens de 15 a 19 anos acham “impossível” ficar mais de um dia sem celular.
" Solidão a dois de dia..."
SEXO VIRTUAL, NAMORO VIRTUAL,
AMIZADE VIRTUAL, VIDA VIRTUAL... VIVEMOS A ERA DA TECNOFAGIA. A MODERNIDADE NOS
DEVORA: VIRAMOS A ALMA DA MÁQUINA E ELA VIVE A VIDA POR NÓS. ( Torres
Matrice )
Quem nunca ficou em um bar
com os amigos pensando se havia chegado um e-mail importante, ou se estão
comentando uma notícia bombástica no Twitter? Com a internet móvel esta
“tortura” desapareceu, mas trouxe também alguns probleminhas. Para quem é
viciado em tecnologia, é mais difícil se desconectar do mundo virtual. E para
os outros, é preciso disputar a atenção de quem está ao seu lado, mas não larga
o aparelho.
Por aqui ainda não existem
pesquisas tão apuradas quanto as pesquisas feitas na Europa, mas é só você parar para
observar nas ruas, na sua escola ou no clube, que estamos nos tornando uma
geração cada vez mais dependente do celular – principalmente por conta das
muitas funções que o aparelho reúne atualmente.
"O melhor esconderijo da solidão é no vão da multidão".
Um renomado jornal selecionou diversas pessoas para uma entrevista sobre o uso de tecnologias modernas. João é um desses entrevistados e declarou que além de utilizar aplicativos
que enchem a tela do aparelho, também usa bastante o celular
para sua função básica fazer ligações – sim, ele também serve para isso. Como
mora longe da família ele está
sempre em contato com a mãe. “Antes de eu me mudar até conseguia ficar um dia
ou dois sem, mas agora jamais”, diz.
Para evitar ficar sem bateria
durante o dia, João deixa um cabo de carga em casa e um no trabalho. Mas a
maior angústia é quando o aparelho fica sem sinal. “Semana passada, inclusive,
estava indo viajar e precisava falar com minha mãe de todo jeito, mas não tinha
sinal. Foi horrível”, lembra.
Mesmo dependente do celular
no dia a dia, João acredita que não existe quem seja viciado no aparelho – mas
sim, nas suas funcionalidades. “Acho que é uma tendência da sociedade estar
mais conectada. Não acredito tanto em vício no aparelho em si”, diz.
O mau-uso das novas tecnologias e os excessos podem trazer angústia, isolamento, individualismo, estresse e a falta de tempo para viver "realmente".
O USO ABUSIVO DO CELULAR PODE CAUSAR PROBLEMAS DE SAÚDE. PENSE BEM!
Os namorados
Já dispensam seu namoro
Quem quer riso
Quem quer choro
Não faz mais esforço não
E a própria vida
Ainda vai sentar sentida
Vendo a vida mais vivida
Que vem lá da televisão...
( Chico Buarque de Hollanda - A Televisão )
- TÔ CHIQUE, BEM! SOU MODERNA!
A ARTE IMITA A VIDA, A VIDA IMITA A ARTE
( música de Zeca Baleiro )
TODA A IRREVERÊNCIA E HUMOR CÁUSTICO DE ZECA BALEIRO
VÍDEO-MONTAGEM: PESQUISA, SINCRONIA, IDEALIZAÇÃO E CONCEITO DE TORRES MATRICE
OSWALDO MONTENEGRO - TODO MUNDO TÁ FALANDO
( música de Oswaldo Montenegro )
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