Edson Cordeiro
Edson Cordeiro é um contratenor brasileiro.
Filho de um mecânico e de uma
bordadeira, passou a infância em sua cidade natal e dos seis aos 16 anos
cantou no coro da igreja frequentada por seus pais. Fez teatro
infantil e, em 1985, participou da ópera rock Amapola, de Miguel Briamonte, que
mais tarde seria diretor musical de seus discos. Em 1988 foi ator e cantor na
terceira montagem brasileira da ópera rock Hair, dirigida por Antônio Abujamra.
No ano seguinte atuou na montagem de O doente imaginário, peça de Molière, dirigida
por Cacá Rosset. Com essa peça, viajou pela Europa, EUA, México e América
Central.
Seu primeiro show solo
aconteceu em agosto de 1990, na Mistura Up do Rio de Janeiro. O sucesso foi
imediato e ele passou a ser disputado por várias gravadoras. Suas distinções
são o timbre vocal de contratenor (voz masculina aguda, cuja tessitura pode
corresponder à do soprano, do alto ou do contralto ) e o repertório eclético,
que inclui autores tão diversos como Noel Rosa, Janis Joplin, Rolling Stones e
Mozart. Sua interpretação da ária da Rainha da Noite, da Flauta Mágica é muito
conhecida.
Discografia
Edson Cordeiro (1992) Ouro
Edson Cordeiro (1994)
Terceiro Sinal (1996)
Clubbing (1998)
Disco Clubbing - Ao Vivo
(1998)
Disco Clubbing 2 - Mestre de
Cerimônia (1999)
Dê-se ao Luxo (2001)
Contratenor (2005)
Klazz Brothers meet the Voice
(2007) (lançado apenas na Europa)
The Woman's Voice (2008)
(lançado apenas na Europa)
Ombra Mai Fu ( Haendel ) - Cantada por Edson Cordeiro
Ombra mai fu
Di vegetabile,
Cara ed amabile
Soave più.
"Ombra mai fu" é uma ária da ópera "Xerxes" de Haendel.
Ao contrário do que se espera de um tirano, o Rei Xerxes, cruel e sanguinário, logo na primeira ária da ópera, louva a beleza da sombra de uma árvore. O inesperado, que foge dos clichês, é ver que, paradoxalmente, um tirano possa se enternecer com a poesia de algo tão suave e tão sublime como a sombra de uma árvore.
.
Recitativo:
Ramos ternos e belos
do meu amado plátano
para ti brilha o destino;
trovões, raios e tempestades
não irão nunca ultrajar tua
querida paz
nem os ventos do oeste
vorazes chegam a profanar-te.
Aria:
A sombra
de uma planta
nunca
esteve
tão querida e agradável,
tão
doce.
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