quarta-feira, 23 de outubro de 2013

SELF PORTRAIT - FRAGMENTOS ( TORRES MATRICE )


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Escuta este silêncio, este segundo de nada,
esta nota vazia que este acorde me traz
entre o gesto da mão
que leva ao túmulo a coroa de um reinado
e deposita sobre o passado
o soluço de um deus morto
e os desvãos de um castelo sem rei.

Que vale a vida sem viver?!












 Vai ver o verbo reverbera
na vida do substantivo Ser:

                                                           doer doer doer









Não vê que sua sombra,
entulho emocional,
sobrepesa meus andaimes
e trava a rodilha dos pensamentos?








Passos sem pés...

                                                       pegadas demais!







Tânatos:
Dá-me o teu ombro, dá-me teu colo,
hoje quem morre sou eu...









É na es.quina que se esbarra
é na curva que o tombo abisma
e rebobina a estrada.










a epiderme dorme
Depois da queda, o coice
depois da dor a foice
foi-se...








                       A paralisia do amor caminha permanente.
                                             Nada me toca.









O abraço é oco
o beijo é mouco
o ouvido esquece o som
a fúria é do corpo
o tédio é do morto
a vida é mesmo vã.



A pele perdeu seu sentido...











O corpo é um oceano vermelho
mar de sangue
ondeia conforme a elétrica notícia.
A alma traduz o impulso - pulso:

- A leitura é um perigo!!!







O oráculo deslinda o breu
na vertigem da premonição:
todo amor anoitece.
O amor é cego, ele vê!







Torres  Matrice
 




 



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