domingo, 28 de abril de 2013

O GRITO DE EDVARD MUNCH AO SOM DE PINK FLOYD EM MAGISTRAIS ANIMAÇÕES


Acredito ser impossível que alguém que entenda o mínimo de arte não conheça o quadro O Grito criado pelo Norueguês Edvard Munch. A obra representa uma figura em movimento de profunda angústia e desespero.




Já presente em nossa imaginação, O Grito ganha uma versão animada por Sebastian Cosor com direito a trilha sonora de Pink Floyd.

O quadro O Grito (The Scream), de Edvard Munch, é uma grande obra por tudo que se sabe sobre ela e simplesmente porque a pessoa pode não entender quase nada de arte, mas ela olhará para o quadro e  perceberá que ali a tinta foi transformada em angústia e dor. 


Reproduzida e relida ao extremo, a pintura se tornou parte da cultura pop, e com tanta banalização parecia improvável que uma animação conseguisse captar a complexidade angustiante que a gente encontra na tela. Mas  Sebastian Cosor se inspirou nas palavras do artista e conseguiu fazer uma animação incrível:

"Eu estava andando por um caminho com dois amigos - o sol estava se pondo - de repente o céu ficou vermelho sangue - Fiz uma pausa, sentindo-me exausto, e inclinei-me em cima do muro - havia sangue e línguas de fogo sobre o fiorde preto azulado e sobre a cidade - os meus amigos andando, e eu fiquei ali a tremer de ansiedade - e senti um grito infinito passando pela natureza ".

Edvard Munch, 1893




O filme, exibido no Brainstorm9, recria a atmosfera do quadro ao som da música The Great Gig in the Sky, do Pink Floyd. Ficou perfeito. São três minutos que, 119 anos depois, conseguem acrescentar algo à criação de Munch.


Sebastian Cosor criou uma versão em vídeo de uma das obras primas da cultura pop mais reproduzidas em todos os cantos do mundo, “O Grito“, do genial Edvard Munch. O vídeo, criado por Sebastian, ficou divertido e angustiante graças à sua habilidade e maravilhosa associação entre a música de Pink Floyd e a imagem surreal e arrebatadora de Munch.






É absolutamente importante que o que a arte seja repensada constantemente, que crie ecos e redes de interatividade, pois ela é um campo aberto de discussões. E segundo declaração do próprio Munch, a visão dele passava por aí:

"Nós queremos mais do que uma mera fotografia da natureza. Nós não queremos pintar quadros bonitos para serem pendurados nas paredes da sala de estar. Queremos criar, ou pelo menos lançar as bases de uma arte que dá algo mais para a humanidade. Uma arte que prende e envolve. Uma arte criada de um coração mais profundo. "

Lógico que a obra O Grito de 1893, que até hoje é impactante, não custou barato para o artista norueguês. É fruto de uma mente atormentada. Munch ainda criança viu a mãe e uma irmã morrerem, precisou se afastar de um pai rígido para explorar sua arte e sofreu com o diagnóstico de doença mental da outra irmã. O Grito tem como protagonista um ser andrógino e com aspecto doentio, que exala pavor debaixo de um céu vermelho. A sinuosidade presente em quase toda a cena é uma espécie de eco do desespero.


Tudo bem que depois o Cosor começou a avacalhar e fez uma versão “inverno” da animação, mas isso a gente deixa pra lá.

VEJA A OUTRA VERSÃO CONTEXTUALIZADA NO INVERNO NATALINO

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