sábado, 6 de abril de 2013

A POESIA DE MANOEL DE BARROS





A luz do obscuro não-sentido da linguagem de Manoel de Barros se torna um dado de natureza, casta, pueril e sem mácula, pertencente a uma pátria de êxtase onírica infinito, dessas de criança no primeiro ano de vida que não fala; que todos vivemos e nunca mais nos lembramos de forma consciente, e que nos encaminha a nossa inscrição única de sujeito no mundo, aberto as relações, pela linguagem.





 A poesia de Manoel de Barros desordena os sentidos dados, ele usa as letras não como representações sígnicas de significados, que prendem e engendram em uma sentença regida por um sistema simbólico-cultural, mas sim como um grito de imagens inventadas que soa imagético, sonoro, e desenhado, sempre a reconfortar o emaranhado de "utilidades" do real que somos submetidos. Sua obra artística é um bálsamo,  e adoça a existência, sua poesia, como diz o próprio poeta:

                  “... é voar fora da asa”
  











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