MÚSICA PARA GENTE GRANDE
Mônica
Salmaso nos apresenta seu mais recente lançamento em CD “Corpo de Baile”.
Décimo álbum da cantora paulista Mônica Salmaso, Corpo de Baile,
é um disco raro, corajoso e que enfrenta a contramão nesses tempos de
superficialidade e modismos vazios. Corpo de Baile é um trabalho perfeito,
lindo e encantador. Cantora vocacionada para interpretações pautadas por
rigores eruditos, Salmaso encontra na obra de Guinga e Paulo César Pinheiro o
veículo ideal para a exposição de seu canto preciso. Mais do que a reiterar a
perfeita comunhão entre técnica e emoção na voz da cantora
Mônica Salmaso ousa mais uma vez e atinge a perfeição ao cantar um Brasil clássico de
Guinga e Paulo César Pinheiro.
Concebido em torno de 14 canções compostas em parceria por Guinga e Paulo Cesar Pinheiro, várias inéditas e muitas delas guardadas há 40 anos, o projeto, corajosamente, vai na direção oposta à comercial música da atualidade, reunindo uma gama variada de músicos e arranjadores.
O time de arranjadores convocado por Mônica produziu faixas
que vão da valsa Procissão da Padroeira à moda caipira Violada; algumas canções
ficaram mais enxutas e dramáticas (Porto de Araújo), enquanto outras ganharam
corpo e ritmo dançante (Bolero de Satã). As letras falam de política (Fim dos
Tempos), contemplam a existência (Navegante, Fonte Abandonada), exaltam a vida
natural (Quadrão, Curimã) e o amor (Sedutora, Corpo de Baile).
Salmaso dá voz às parcerias de Guinga com Pinheiro em 'Corpo
de baile'
A modernidade
de Guinga e a tradição de uma marcha-rancho se encontram em Rancho das Sete
Cores. Com arranjo de Nailor Azevedo Proveta, a faixa integra o mais novo disco
de Mônica Salmaso, Corpo de Baile.
Rancho das Sete Cores
Lá vem as
pastorinhas do rancho das sete cores
Querendo
encontrar outra vez seus amores
Que saíam no
Resedá
Que dançavam
nos Azulões
Cada uma
buscando um par
Pra formar
os cordões
E eram
guardas, garçons, gigolôs,
Estudantes,
marujos, ciganos, cantores
Vestindo
Pierrôts
E Arlequins
sedutores
Que
brincavam no Dois de Ouro
E na Kananga
do Japão
Cada uma com
seu namoro
E acenando
com a mão
Até hoje
elas tem saudade do cordão
São
Colombinas
Iguais as
Mimosas Cravinas
Trazendo um
arco-íris no seu estandarte
Jogando
beijos de amor
Aos saudosos
pastores da Flor do Abacate
E elas vem
vindo inocentes
Jograis
decadentes
Mas chamando
a gente
Pruma
fantasia
Prum
carnaval de esplendor
E que em nós
se acabou um dia
E que em nós
se acabou um dia
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