Pouso a cabeça entre as mãos
e escorrem-me as habilidades
feitos, defeitos e sonhos
Escapam-me as hábeis idades
lembranças, estradas, vivências
beleza, tônus, véus, areia
toda ilusão e quimera
mera areia do tempo
escorrem...
Grão do infinito Aeon
divindade Tempo
degusta arguta
em seu engenho e arte
a parte que o cosmo ensinou.
Escapam-me por entre os medos
dedos, anéis, saturnos, cabelos
dedos, anéis, saturnos, cabelos
amores, histórias, filhos e dores
vaidades...
Escorrem-me pelos dedos
filigranas
filigranas
o ouro de toda uma vida
a lida, o filho, meu nome
a lida, o filho, meu nome
Esquecimento, entropia, silêncio
e pó.
Torres Matrice
25.12.2013
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