quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Artemisia Gentileschi - Pintura: “Judite decapitando Holofernes”



A obra de Artemisia vai refletir seu desejo de vingança. No quadro "Judite Decapitando Holofernes", de temática bíblica, datado de 1612, o general assírio Holofernes é decapitado pela viúva Judite, que assim libertou o povo judeu do jugo dos pagãos de Nabucodonosor. Judite é quase um autorretrato da própria Artemisia: forte, vingadora e convicta. A degolação pode simbolizar a castração que ela certamente queria infligir ao seu abusador. O quadro hoje está exposto em  Florença, Galeria de los Uffizi, Itália.







Vida de Artemisia Gentileschi


Artemisia Gentileschi foi a primeira mulher aceita pela Academia Del Disegno no período Renascentista. Filha do pintor Orazio Gentileschi, um dos representantes da escola romana de Caravaggio.

Judite e sua serva
1614/20
Por ser mulher, Artemisia não poderia ter acesso às Academias profissionais de Belas Artes. A composição acadêmica era masculina. Dado esta proibição, seu pai a encaminhou a um professor privado, Agostino Tassi, que a estuprou. Na tentativa de impedir que o fato fosse revelado, Tassi prometeu casar-se com ela e graças a essa promessa continuou tendo relações com ela durante alguns meses.

Uma vez tendo sido acusado, Agostino Tassi negou ter se envolvido com Artemisia e conseguiu testemunhos apresentando-a como amante de muitos homens. Durante o processo Artemisia foi intimidada e submetida a um humilhante exame ginecológico e torturada, usando um instrumento que lhe apertava os dedos das mãos, usualmente utilizado na época com aqueles que se considerava em perjúrio. Artemisia então disse que já não era mais “pura” no momento da violência sexual e de ter tido outros amantes.




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