O que se ouve, houve?
Essa indecifrável língua
verbalizando o medo
as falas do medo
arremedo
arremedo
Verbus poder e impotência
Isso que permanece, embora
ausente
língua morta torta forja
reaparece
fantasma plasma miasma
permanência da memória
daqui Dali e de lá
sentina
Assombro e incompreensão de
Hamlet
Língua antiga medonha
Ressoando aqui ali e agora
fantasma
língua morta
De onde vem?
Língua dos anjos?
Língua dos poetas?
Babel
Língua ofídica e estrangeira
língua que não falo, halo
calo nas cordas
tradução do que sinto
minto
tinindo badalos da inconsciência
Metal precioso
que sou e soa
na calada do meu texto
Ghostwriter
Se eu falasse a língua dos
homens...
Mas essa língua é metal que soa,
é sino que tine
e não me deixa dormir
ainda que cansado
exausto exaurido e morto
de tão antigo amor.
TORRES MATRICE
07/11/2012
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