sábado, 26 de abril de 2008

Gema!






De sólida, concentrada, para líquida:
 rigidez pétrea transmuta-se etérea.
Circula, depois de tanto...veias...vasos...
Viaja, fragmentária-fragmentada,
liquidificante-liquidificada
em propriedades místicas
mitigando a razão.
Decepa a vontade e o viço:
-nisso vi-me só!
Noviço do vício do abandono
ofício do Nó, missão de um Só.
É mister sofrer: Obra-prima em mortalha,
obradas tintas do Findar.
Morte-cor, um pálido debuxo!
Luxo do pintor: a Dor em estado sólido.
Concentração em Gema, verdade absurda,
altera-se sanguínea sob a pele
entre carnes e nervos...
Mina em poros e eriça o pelo:
calafrios do átomo ao átimo!
Da célula ao espírito...
Se jaz, em gaz já se faz:
eu respiro, aspiro, transpiro
e não sei esquecer...




Como vitalizar as sombras,
se a vida em longo torpor
é morfinizada por Morfeu?!


Morte...fel...e Eu.


- Gema, Alma que pena! Gema.







20/08/2005




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