Não há quem, no primeiro contato, não estranhe o
penteado da princesa Leia, concorda?
Mas, de onde vieram aquelas espécies de tranças torcidas em disco nas laterais da cabeça?
Mas, de onde vieram aquelas espécies de tranças torcidas em disco nas laterais da cabeça?
Há controvérsias, é claro!!!
"Debaixo dos caracóis dos
seus cabelos
Uma história pra contar
De um mundo tão distante..."
Caetano Veloso
Princesa Leia. personagem fictícia da série de filmes Star Wars (Guerra nas Estrelas) que foi interpretada pela atriz Carrie Fisher, falecida recentemente.
Em resposta a uma pergunta, George Lucas esclareceu aos jornalistas:
Por que as mulheres em seus
filmes têm aqueles penteados loucos?
"No filme de 1977, eu estava
trabalhando arduamente para criar algo diferente que não estivesse na moda. Então eu vi uma mulher que lutou na revolução Mexicana, uma revolucionária
do Sudoeste do México, uma espécie de 'Pancho Villa do Sudoeste' e fui vê-la. O penteado tinha um
formato que parecia com pães na cabeça. Os penteados das minhas personagens em Star Wars são basicamente do
México da virada do século XX e acabou sendo o penteado que é até hoje. Na
trilogia, a mesma coisa se aplica, quis fazer algo atemporal. Eu estava,
basicamente, me divertindo."
Pancho Villa foi um revolucionário mexicano do início do século XX, um dos comandantes mais famosos da Revolução mexicana.
Participou bravamente da luta armada contra o governo, mas acabou assassinado
em 1923. A ideia de George Lucas era criar na figura da princesa Lea uma espécie
de mulher revolucionária e usou como inspiração um dos penteados das mulheres
dessa época.
Essas mulheres a quem Lucas se refere eram revolucionárias desse movimento, elas eram chamadas adelitas. Há uma clássica canção mexicana que se refere às Adelitas, trata-se da bela e emblemática "La Adelita" - Canción de la Revolución mexicana.
Tradicionalmente, os sites que discutem o tema apresentam essa imagem abaixo como sendo de uma dessas adelitas:
Uma das Adelitas da Revolução Mexicana. A presença histórica da mulher na construção da cidadania e da revolução.
Contudo, algumas pessoas alegam que as adelitas, combatentes da revolução, não teriam nem razão nem tempo para um penteado tão elaborado e que na verdade, a fotografia mostra uma índia americana da tribo Hopi, nativa do Arizona, um estado fronteiriço ao México.
De toda forma, esse penteado Hopi é um penteado tradicional de casamento e que simboliza a fertilidade entre aquelas ameríndias.
Penteado Hopi é um penteado tradicional de casamento e que simboliza a fertilidade entre as ameríndias.
Se você achava que a única
aparição desse penteado no cinema foi com a Princesa Leia, está enganado, meu caro. No
filme “The Dambusters”, de 1955, a esposa de um dos personagens aparece com um
penteado nesse mesmo estilo. Olha só:
Filme “The Dambusters”, de 1955
Acha que parou por aí? Nada
disso.
Além de de estar presente no
filme “The Dambusters”, outra aparição do penteado é na Dra. Barbara Gordon,
nos quadrinhos da “BatGirl”.
De toda forma, a inspiração de Lucas pode ter vindo dos
quadrinhos, de uma memória subconsciente. E temos duas candidatas para tanto:
Bárbara Gordon, em sua primeira aparição (Detective Comics #359, 1967), e a
Princesa Frígia, no traço do genial Alex Raymond, em aventura de 1939 de Flash
Gordon.
Bárbara Gordon, nossa
heroína bibliotecária, com o penteado de Leia mais de 10 anos antes.
E ainda tem mais!
Na HQ
“Flash Gordon”, de 1934, a personagem da rainha Fria é praticamente a variação loira de uma princesa Leia! A diferença é que Fria tem um coque
atrás da cabeça, além dos dois laterais. Mas ainda assim, não há como negar a
semelhança.
Quem diria que esse cabelinho iria aparecer nas
HQs, hein?
George Lucas terá, realmente, se inspirado nas revolucionárias mexicanas, mesmo com tantas
influências nas HQs e no cinema?
Qual é a sua opinião?!
Fontes:
Toca do Calango
Garotas Geeks
La Adelita | Canción de la
Revolución mexicana
La
Adelita
En lo alto de la abrupta
serranía
Acampado se encontraba un
regimiento
Y una moza que valiente los
seguía
Locamente enamorada del
sargento.
Popular entre la tropa era
Adelita
La mujer que el sargento
idolatraba
Y además de ser valiente era
bonita
Que hasta el mismo Coronel
la respetaba.
Y se oía, que decía, aquel
que tanto la quería:
Y si Adelita se fuera con
otro
La seguiría por tierra y por
mar
Si por mar en un buque de
guerra
Si por tierra en un tren
military
Y si Adelita quisiera ser mi
esposa
Y si Adelita ya fuera mi
mujer
Le compraría un vestido de
seda
Para llevarla a bailar al
cuartel.
Y después que terminó la
cruel batalla
Y la tropa regresó a su
campamento
Por la voz de una mujer que
sollozaba
La plegaria se oyó en el
campamento.
Y al oírla el sargento
temeroso
De perder para siempre su
adorada
Escondiendo su dolor bajo el
rebozo
A su amada le cantó de esta
manera…
Y se oía que decía aquel que
tanto se moría…
Y si acaso yo muero en la
guerra,
Y mi cadáver lo van a
sepultar,
Adelita, por Dios te lo
ruego,
Que por mí no vayas a
llorar.
Adelitas ou mulheres soldaderas
Eram conhecidas como adelitas ou
mulheres soldaderas aquelas mulheres que participaram da revolução mexicana nos contingentes
militares de grupos revolucionários como soldados, cozinheiras, enfermeiras ou
assistentes.
A canção "La
Adelita" pertence ao gênero "Corrido" e ao gênero das canções que eram
populares na época da revolução mexicana.
"Corridos" eram a maneira de informar às pessoas dos eventos mais importantes do momento. Esses "corridos" funcionaram como um jornal que não existia em tempos de guerra e, portanto, similar ao que representou a figura do músico trovador e das cantigas trovadorescas. Os Corridos se tornaram tão populares que até hoje muitos ainda são tocados.
"Corridos" eram a maneira de informar às pessoas dos eventos mais importantes do momento. Esses "corridos" funcionaram como um jornal que não existia em tempos de guerra e, portanto, similar ao que representou a figura do músico trovador e das cantigas trovadorescas. Os Corridos se tornaram tão populares que até hoje muitos ainda são tocados.
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