Para quem não sabe, “steampunk” é um subgênero da ficção
científica, arte que engendra um maquinário avançado movido a tecnologia
antiga, geralmente inspirada pela Revolução Industrial do Século XIX – ou seja,
o vapor. É uma estética paradoxal, pois funde tecnologia futurista com uma
estética retrô. É o futuro acontecendo no passado.
O steampunk trata de
evoluções tecnológicas que acontecem em épocas anteriores às que ocorreram na
realidade. O idealismo steampunk trabalha com o conceito de ressuscitar
tecnologias antigas associadas a tecnologias do futuro.
Não
é difícil entender o movimento Steampunk se o pensarmos enquanto história. Uma
história que se enquadra no universo da ficção cientifica, que remonta ao
reinado da Rainha Vitória no Reino Unido, meados do século XIX, e agarra tudo o
que acarreta essa era, tendo como base a revolução industrial e as novas
invenções como a máquina a vapor.
Apesar de várias obras agora consideradas como fundadoras desse gênero terem sido publicadas nos anos 1960 e 1970, o termo
"steampunk" se originou no final dos anos 1980 como uma variante de
"cyberpunk". As histórias do "steampunk" prototípico eram
essencialmente contos cyberpunk ambientados no passado, usando tecnologia da
era do vapor em vez da cibernética do cyberpunk, mas mantendo as atitudes
"punkistas" dessas histórias em relação a figuras de autoridade e à
natureza humana.
Originalmente, como o cyberpunk, o steampunk foi tipicamente
distópico, geralmente com temas noir e ficção pulp, como uma variante do
cyberpunk. À medida que o gênero se desenvolveu veio a adotar mais um apelo
utópico das sensibilidades dos romances de ficção científica do século XIX.
O Steampunk cria uma realidade espaço-temporal
utópica, na qual a tecnologia mecânica a vapor teria evoluído até níveis
impossíveis, deixando-se fundir com o corpo humano.
Muito da origem deste movimento vem da variante
"Cyberpunk", sendo as maquinas cibernéticas substituídas pelas
tecnologias da era do vapor. Conseguimos imaginar este tipo de teoria se
pensarmos na Literatura que deu origem a este movimento, como é o caso de Julio
Verne e Mark Twain.
O gênero steampunk pode ser explicado de maneira muito
simples, comparando-o à literatura que lhe deu origem. Baseado num universo de
ficção cientifica criado por autores consagrados como Júlio Verne no fim do
século XIX, ele mostra uma realidade espaço-temporal na qual a tecnologia
mecânica a vapor teria evoluído até níveis impossíveis (ou pelo menos
improváveis), com automóveis, aviões e até mesmo robôs movidos a vapor já
naquela época.
O relógio constituí um dos símbolos deste gênero por
representar a viagem no tempo, a aparente fragilidade que é superada através da
sua natureza complexa científica, e por expressar uma esplêndida beleza
estética.
A elaboração deste trabalho difícil e de longas horas resulta num
conjunto de imagens surpreendentes, da pele que é rasgada pela máquina que
forma o corpo ao tempo que ganha asas mecanicamente, tudo serve para enriquecer
o lado estético no olhar de cada um.
As origens do steampunk remontam às obras pioneiras de ficção
científica de Júlio Verne, H.G. Wells, Mark Twain e Mary Shelley, entre outros.
Cada um destes autores escreveu obras apresentando tecnologia avançada e
ambientada no século XIX ou início do século XX. Apesar de estes livros poderem
ser classificados como steampunk hoje em dia, isto não é um rótulo exatamente
correto, já que eles eram, na época de sua publicação, ambientados na época
contemporânea (com exceção de Um Ianque de Connecticut na Corte do Rei Artur,
de Twain).
A
ficção steampunk se foca mais sobre a tecnologia real, teórica ou cinemática da
era vitoriana (1837-1901), inclusive motores a vapor, aparelhos mecânicos, e a
Máquina diferencial. Apesar de muitas obras steampunk serem ambientadas em
cenários vitorianos, o gênero tem se expandido até para cenários medievais e
geralmente passeia pelos domínios do terror e da fantasia. Várias sociedades
secretas e teorias conspiratórias são geralmente apresentadas, e alguns
steampunks incluem elementos significativos de fantasia.
Há nesse gênero, frequentemente, influências lovecraftianas ( do escritor Lovecraft ), ocultistas e góticas.
Uma origem plausível para o ethos steampunk dentro de um
contexto de mídia deve ser o filme original mudo Viagem à Lua, de Georges
Méliès, que retrata uma viagem à lua, usando as tecnologias da época
(especificamente, usando um grande canhão para ejetar um 'foguete' no espaço).
Este tipo de enfoque não é novidade, tanto na mídia quanto nos RPGs. O gênero Steam há muito vem se popularizando e se mostra aos nossos olhos em filmes e desenhos animados como, a série O Mundo Perdido, o seriado e o filme James West, o filme De Volta Para o Futuro III e os anime Steamboy e Full Metal Alchemist. Os filmes Sucker Punch, A Liga Extraordinária e Van Helsing são outros exemplos de filmes que trabalham exatamente este período da literatura. Viagens sobre trilhos de trens, verdadeiros hotéis flutuantes vagando em zeppelins e máquinas extravagantes de funcionamento complicado.
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