Novo Álbum
Do Titãs Leva o Nome de ‘NHEENGATU’
O Titãs, mais uma
vez, está de volta. Cinco anos após o lançamento de Sacos Plásticos, a banda que já passou por várias fases e experiências não para de trabalhar e lança seu 18º disco da carreira.
A banda de Rock
Titãs volta com um disco em que o texto soa mais pesado e contestador do que
seus discos mais recentes.
“Nheengatu” é uma crônica ácida do Brasil em
carne viva, com as angústias e mazelas que estão bem aqui do nosso lado. Os Titãs, que se consagraram por cravar a
unha na ferida e nunca tiveram pudor em virar do avesso temas incômodos, lançam
seu 18º disco, mais críticos e atuais do que nunca.
"Nheengatu"
tem homenagem, tem influência da música indígena, tem um pouco de baião, xaxado
e samba e, evidentemente, muito rock'n'roll. A densidade e acidez das letras se
complementam na sonoridade do disco.
Torre de Babel de Pieter Bruegel
Com arte e projeto
do Sérgio Britto e design gráfico do André Rola, a pintura na capa do novo CD dos Titãs é de Pieter
Bruegel e retrata a Torre de Babel. O nome Nheengatu é uma palavra indígena que
significa Língua Geral.
A capa e o título
apresentam um paradoxo interessante: uma torre que foi destruída pela falta de
entendimento e uma língua que foi criada para favorecer o entendimento. Na
tentativa de fazer uma foto instantânea do Brasil atual, as duas ideias se
contrapõem surpreendentemente bem: uma palavra (e uma linguagem) de entendimento para tentar
explicar um mundo de desentendimento.
Titãs
comemoram 30 anos de carreira contando a partir do primeiro disco lançado em
1984 e talvez seja por isso que tenha retornado a uma sonoridade mais crua. É
muito bom ouvir novamente Sérgio Britto com sua voz rouca brincando com as
palavras como em “Fala, Renata“. E não falta aquela brincadeira harmônica com
os ritmos nordestinos misturado ao rock, tentativa que deixou a banda evidente
em Õ Blesq Blom (1989).
Não consuma esse disco se tiver estômago fraco.
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Não consuma esse disco se tiver estômago fraco. “Nheengatu” é repleto de
cenas fortes, impróprias para quem não encara as verdades de frente. Tem
pedofilia. Tem fome, miséria, crack. Tem machista covarde que dá flores para a
mulher, mas que se revela um monstro de ciúme possessivo. Tem bossais
preconceituosos e homofóbicos, inseguros da sua sexualidade, que espancam quem não segue suas cartilhas de costumes. Tem
quem sobrevive em vez de viver e personagens de HQs que poderiam perfeitamente
ter saído das redes sociais.
Sob forte maquiagem, os quatro integrantes do grupo paulistano Titãs se
caracterizam como palhaços no clipe de Fardado (Sergio Britto e Paulo Miklos),
uma das músicas inéditas do revigorante recém-lançado álbum Nheengatu (Som
Livre, 2014). O clipe foi dirigido por Oscar Rodrigues Alves. Fardado é rock de
aura punk em que os Titãs questionam o papel de policiais.
Confira o clip da música "Fardado".
Confira o clip da música "Fardado".
Entrevista dos componentes do grupo falando sobre o novo trabalho.
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