Madrugada...Cidade... O silêncio de cada.
Vozes da embriaguez: sisudez e cansaço.
Passo sob a marquise, chuva velada:
olhares de melancolia, folia, riso baço.
De uma fria noite os clichês: michês
putas, viados, vadios: seus trejeitos...
Extenuados em mesas e guichês
nutrem a poesia dos eleitos:
o tédio e o assédio da vida.
Ah, os frejes! Que seria de nós,
transeuntes ocasionais, a sós,
sem os frejes na noite remida?
Cigarros, bebidas, conversas e sexo:
um puto cauteriza sua dor na mesa,
espanta a loucura, cura, curra o complexo.
Disléxico finge que cura! E sonha a leveza...
Nobreza: que o sono nos seja leve!!!
Torres Matrice
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