O asno ante a Lira
deslira
mas não vê
o admirável do mundo novo.
Por isso,
olhai as liras do campo
e ouvirás
que as iras eram doces
mesmo quando não-vinhas
pelos caminhos de Guermantes.
Antes o tempo perdido,
agora a busca de Proust:
entre o som e a fúria
e as palavras de um criador.
Por quem dobram os sinos?
Nos retratos de Wilde,
selvagens Dorians
sempre encontram
o ser e o nada
e a tragédia de um escritor!
Um sopro de vida na via crucis do corpo:
viagem ao fundo da noite e a maçã no escuro
redimindo todo pecado,
esperando por Godot...
Os livros não têm paz!
Então, o que quereis?
Paz?!!!
"Se vis pacem
parabellum".
Torres Matrice
17/03/99
Postado em 21/03/2011
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