sábado, 22 de janeiro de 2011

VIELA ( perdido )







Enxuga a fronte no avental
aventa o sonho coisa e tal:
doce fruta no balaio.

Pela viela vai ela
vai ela sem ouvir
ch.amar...ch.amar...

Longe, muito longe,
vi ela passar...

Dia de vento e sol
estrada a passar...
Ar e voz
Minha voz no ar.

Ficou na espreita, na espera
passado no passar:
o grito, o chamado
A.travessa
essa em que trava
a lembrança, doce balaio,
balançando no aventado fruto...

Avental ao vento
vórtice
na última volta
volta e meia
lembro...


Eu me lembro da travessa
essa viela à vela memorial
singrando no ar e ela...
ela sumindo...indo...
Sumindo ao longe
só...

Ch.amei.
Chamei, chamei, chamei...
E nunca mais...





Torres Matrice

28/12/2000



Um comentário:

Unknown disse...

Adorei! Me remeteu a infância,um tempo em que algo simples, como uma mulher vendendo frutas, chamava a atenção e despertava o interesse. Me trouxe uma sensação gostoooosa...

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