Enxuga a fronte no avental
aventa o sonho coisa e tal:
doce fruta no balaio.
Pela viela vai ela
vai ela sem ouvir
ch.amar...ch.amar...
Longe, muito longe,
vi ela passar...
Dia de vento e sol
estrada a passar...
Ar e voz
Minha voz no ar.
Ficou na espreita, na espera
passado no passar:
o grito, o chamado
A.travessa
essa em que trava
a lembrança, doce balaio,
balançando no aventado fruto...
Avental ao vento
vórtice
na última volta
volta e meia
lembro...
Eu me lembro da travessa
essa viela à vela memorial
singrando no ar e ela...
ela sumindo...indo...
Sumindo ao longe
só...
Ch.amei.
Chamei, chamei, chamei...
E nunca mais...
Torres Matrice
28/12/2000
Um comentário:
Adorei! Me remeteu a infância,um tempo em que algo simples, como uma mulher vendendo frutas, chamava a atenção e despertava o interesse. Me trouxe uma sensação gostoooosa...
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