sexta-feira, 9 de maio de 2008

Pêndulo de Proust





Como um vinco, vínculo atávico,
Oscila e pulsa
nas elipses mentais
o pêndulo memorial.


Detido - raiz no espaço -
Sou tolo sol solto
Travado no ir e vir.


.Fixo.


Refém do meu instante:
Caminho, ando, passo...
Quanto mais adiante,
Tanto mais iniciante.


Leva–e-traz...Vai-e-vem...
Pêndulo nódulo,
Tempo perdido que se esvai
E vem...


A busca não cessa 
essa asa acesa no espaço
- memória -


O relógio régio, elogio arcaico do sentimento,
espatifado na engrenagem do amor
Vibra.
Desperta.dor insano!


Sofro a tenaz aderência nervo:
a mesma lesma e seu limo...........................imo...
na parede da lembrança.


O ponteiro do vivido retorna:
ele vai, mas volta
a cada titubear do sono...


A desgraça é o retorno do pêndulo
Que re.busca meu tempo perdido
e reacende a chama do ontem
queimando páginas e páginas
dentro de mim
num tempo redescoberto
Como temi um dia...






12.02.2008

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