Obliterado pelo uso
corrente da dor,
travo o trem da vida:
a pedra me treva a trova.
Trovador do halo da pedra,
Herói circunstante.
É na pedra que habita o hábito e o óbito:
a alma da escultura,
o movimento vivo de Rodin,
a loucura de Camille Claudel,
o véu do meu silêncio duro.
O puro doer do ser em si, só...
O doer que põe e punge em dó,
desgosto e desengano,
impõe a pedra, impinge.
Pedras porejam sofrimentos c.alados:
dá-se o poder do lastro!
Alabastro de matiz mortal
esculpe e amolda a esperança.
Herói é no que dói:
Isto, eu sei.
20.07.2006
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