Quando eu era antigo,
Subjugado pela existência,
Um ovo pousou no meu ombro
E seu peso morno, túmido,
Peso que é vivo e não morto,
Botou-me na vida o engano.
A gana de me enganar,
Engalanado no engano:
Galinha dos ovos de ouro,
Se não me engano
De tolo
De novo me enganei
Na casca do ovo da serpente
Um bobo, um Colombo, um demente
De repente repete-se o repente
Num sempre novo engano
A quem eu penso que engano,
à galinha ou ao novo?
Torres Matrice
27/03/2025
Nenhum comentário:
Postar um comentário