sábado, 15 de setembro de 2012

SAIBA TODA A VERDADE SOBRE AS GUEIXAS




gueixa 

s. f.
Cantora e bailarina japonesa tradicional que desempenha o papel de hospedeira e dama de companhia, em certas ocasiões da vida social.






Os custos para se ter a companhia de uma gueixa são, de fato, muito altos. Geralmente a gama de clientes abrange desde importantes empresários, políticos, membros da yakuza (a máfia japonesa) e artistas famosos.






Contudo, não basta ser milionário para entrar nesse mundo fantasioso e ritmado pelos delicados e encantadores gestos das gueixas. Para ser aceito nas principais casas, é preciso ser apresentado por outro cliente mais antigo. Quando presidentes e diretores de grandes empresas têm por intenção receber de bom agrado seus parceiros de negócios, é comum levá-los às casas de chá (ocha-ya). As gueixas oferecem um entretenimento ímpar e refinada arte para a elite japonesa.









Esse universo, que ainda hoje é cercado de mistério e fascinação pode estar no fim. Tem-se registrado um grande declínio quanto ao número de gueixas no Japão. Estima-se que no início do século XX, havia cerca de 80 mil gueixas no país. Hoje, acredita-se que seja algo em torno de duas mil. Dentre as possíveis causas dessa radical redução está a influência da cultura ocidental – que é apontada como uma das causas do crescente desinteresse dos japoneses pelas suas antigas tradições.









Uma gueixa iniciante é chamada de maiko. As poucas jovens que ingressam numa oki-ya(casa gueixa) o fazem por livre e espontânea vontade, muitas vezes atraídas por uma visão romantizada da profissão ou pelo amor pelas artes tradicionais do país. A vida de uma aprendiz não costuma ser nada fácil. Antes de se tornar uma maiko, ela precisa ser responsável pelos afazeres domésticos, além de se submeter a vários anos de rigoroso aprendizado, em que aprende a cantar, dançar e tocar instrumentos musicais, dentre eles o shamisen(tradicional instrumento de cordas). Artes como caligrafia, cerimônia do chá e pintura também podem fazer parte de sua erudição.









Estamos acostumados em associar Gueixa com Prostituta porque a cultura Hollywoodiana nos ensinou sempre dessa forma. Abaixo tem muitas informações sobre gueixas. 









Gueixa/ Gueisha  são mulheres japonesas  que estudam a tradição milenar da arte da sedução, dança  e canto, e se caracterizam distintamente pelos trajes e maquiagem tradicionais. Contrariamente à opinião popular, as gueixas não são um simples equivalente oriental da prostituta. Elas não trabalham com sexo. Podem chegar a flertar, mas seus clientes sabem que não irá passar disso, e esse é o fato que muitos homens se encantam com a cultura de uma gueixa.








No Japão a condição de Gueixa é cultural, simbólica repleta de status, delicadeza e tradição. São em muitos aspectos similares às Kisaeng coreanas. O elegante, mundo de alta cultura de que a gueixa faz parte é chamado karyūkai ("a flor e mundo de salgueiro"). Uma gueixa famosa, Mineko Iwasaki, disse que isso é porque "gueixa é como uma flor, bela em seu próprio estilo, e é como um salgueiro, graciosa, flexível, e forte."








Muito se fala e se discute, principalmente no ocidente, sobre a figura e o papel da gueixa na sociedade japonesa. Na prática, poucos ocidentais, e mesmo japoneses, têm efetivamente contato com uma gueixa. Em público, elas só aparecem em poucas ocasiões, como no Jidai Matsuri (Festival das Eras), e na temporada de danças tradicionais Kamogawa Odori (Danças do Rio Kamo) que ocorrem em outubro, em Kyoto. Fora tais ocasiões, alguns sortudos turistas conseguem vê-las andando pelas ruas, nas raras ocasiões em que elas saem para ter aulas de dança, shamisen (cítara de três cordas tradicional) ou ikebana (arranjo floral), ou a caminho de um restaurante para entreter algum empresário ansioso em impressionar seus convidados. Ser servido ou entretido por uma gueixa, mesmo entre os japoneses, é privilégio de poucos.










Tocar, cantar, dançar e contar histórias para entreter os comensais num banquete. Essa era a principal atividade exercida pelas gueixas. Sentar-se à mesa e fazer companhia para os homens era algo que só as prostitutas faziam - mesmo porque elas queriam garantir que seus clientes quisessem sua companhia após o jantar. Mas aos poucos, os próprios clientes passaram a pedir que as gueixas também se sentassem à mesa. Educadas e cultas, as gueixas tornavam a conversação mais agradável e o tempo fluía mais rápido. Com as gueixas, os clientes conseguiam um tipo de relacionamento que não conseguiam ter com suas esposas, ou mesmo com as prostitutas. E nem sempre os homens que íam aos banquetes queriam fazer sexo depois de comer. Percebendo que muitos queriam apenas distrair-se, ou quando muito flertar, assim as gueixas descobriram seu público.










Para formar clientela própria, as gueixas passaram a evitar os bordéis e concentraram suas atividades em restaurantes e casas de chá, ou abriam suas próprias casas de chá. Por volta de 1840, uma gueixa chamada Haizen decidiu aprender um pequeno ofício que era executado até então somente por homens: servir saquê à mesa. Haizen passou fazer o mesmo, bem como fazer companhia à mesa aos convivas. Ela rapidamente tornou-se a gueixa mais requisitada de Kyoto e todas passaram a fazer o mesmo. Desde então, as gueixas vêm desempenhando o papel de anfitriãs em banquetes, servindo bebidas e conversando com as pessoas, além de dançar, cantar, contar histórias e fazer jogos de salão.









No início, as gueixas eram homens e eles trabalhavam com entretenimento por todo o Japão. As restrições sociais determinavam que as mulheres não poderiam oferecer diversão em uma festa. Esses homens cuidavam das conversas, faziam performances artísticas e faziam elogios a convidados, nobres e outros membros da aristocracia.

Por volta do século XVIII, surgiram as primeiras gueixas femininas. 



Há muitas histórias sobre as origens dessas mulheres. Uma delas relata um grupo de artistas que tirava o trabalho de prostitutas cantando e dançando em festas. Outra conta que havia uma prostituta entrando em decadência e que, em consequência disso, começou a desenvolver o trabalho de gueixa para ganhar um pouco mais e acabou sendo um sucesso na nova atividade. Independente de como surgiram as gueixas femininas, elas eram consideradas uma ameaça para os bordéis e não eram contratadas por estabelecimentos deste tipo.






Para diminuir a popularidade das gueixas e retornar o foco para as prostitutas registradas, o governo estabeleceu regras bastante rígidas para as gueixas: a maneira como deviam entreter, quando poderiam entreter e as horas durante as quais poderiam trabalhar. Além disso também determinaram regras com relação ao seu vestuário. E para se certificarem de que sexo não faria parte da festa, as gueixas não podiam ser contratadas individualmente. Mas essas restrições, ao invés de reduzir o sucesso das gueixas, tornaram-nas ainda mais desejadas.







A ARTE DE FAZER A MAQUIAGEM DE UMA GUEIXA


Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...