sábado, 17 de março de 2012

Problemas existenciais de uma mulher urbana: sexo livre, drogas, bebida e noites mal-dormidas a tornaram símbolo dos “porraloucas”



 Rê Bordosa, uma criação de Angeli, foi “assassinada” pelo próprio criador em 1987. Nasceu em 1984, tinha cerca de 30 anos de idade e todos os problemas existências de uma mulher urbana da época.

Seus quatro anos de vida foram dedicados ao sexo, drogas e rock’n roll. Seus raros momentos de lucidez serviam apenas para reflexão de uma boa ressaca moral – seu divã era uma velha e suja banheira. Relacionava-se com vários homens e, em alguns momentos de pura embriaguez, com algumas mulheres. Seu circulo social se resumia ao atendente por trás do balcão do bar.










 Com essa mistura de sexo livre, drogas, bebida e noites mal-dormidas a tornaram símbolo dos “porraloucas”. Suas ânsias, contradições, conflitos pessoais e filosofias etílicas – mais que motivos para reflexão, eram pura picardia.




 Em 1984, quando foi publicada a primeira tira da personagem, a Aids ainda não era um problema nas relações sexuais e o uso de entorpecentes era mais comum, onde a Rê Bordosa foi a filha legítima dessa geração.


Quando Angeli percebeu que Rê Bordosa estava tomando rumos de estrela, de uma popularidade tão grande que, corria o risco de transformá-lo em autor de uma obra só - ele anuncia a morte da personagem em 1987.




Entretanto, suas frases e pensamentos são atemporais – quanto o traço de seu criador. E, como ela mesma disse uma vez, sentada em frente ao costumeiro balcão de um bar: “Rê Bordosa, você não passe de uma barata, daquelas que não há inseticida que mate!”.












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