A fronteira que divide o erótico do pornográfico nunca teve contornos muito nítidos. No Brasil, o erotismo confunde-se com o obsceno. Até pouco tempo, não era elegante a exibição explícita das partes íntimas do corpo humano, que hoje são expostas até na televisão.
Ao analisar o erotismo na arte ( literatura, desenho, pintura, fotografia, música, cinema) vejo que o artista incita o prazer que há dentro de cada um, porque na arte é permitida uma leitura individual e, sem dúvidas, um olhar aguçado à procura da imagem embutida do desejo de descobrir o interior das pessoas e das coisas.
Para atingir o erotismo é preciso que se fantasie um pouco o real. O erotismo não existe em nível real e sim imaginário.
Ao invadir o lado erótico, flagramo-nos no exercício do olhar, da relação do prazer sexual e da imagem que se faz dele.
Cada artista, dentro da sua área específica, pode tornar pública a possibilidade da expressão estética do erotismo no uso dos contrastes das cores, traços, enlaces e atos.
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