Cheiro de café e humor,
rumor em gestos displicentes: amor.
Uma sensação tão boa
boa boa boa
reboa no meu vagar...
Joana, Mana
O amor é em pedaços
e eu não sabia!
Desvanece, exala, dissipa, volatiza
como tudo que é concreto.
Emana o aroma do amor-café:
ritual de prazer e açúcar
fervidos no paladar do aconchego.
O perfume da flor da alegria,
a grandeza das pequenas coisas,
passado no coador da lembrança
evola-se de outros tempos
enquanto o cafezinho traz
a felicidade das tardes a dois.
Conversas, canções, livros,
livres paixões de se sonhar...
Joana,
passa o café entre esperanças e sorrisos
que a fé há de abrir o aroma do coração outra vez!
Éramos tão jovens, Joana!
Como dói no presente a alegria de ontem!
A fé do nosso amor era fé de raízes,
tinha caule folha e flor!
Meu verso reside na força da afinidade:
Infinidade é Joana!
Uma velha canção cheirando à lembranças,
danças, andanças
de um tempo em que se era feliz...
Joana,
que fim levaram todas as coisas?
Torres Matrice
27/10/2010
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