Punho cerrado na boca do estômago da noite
quem estanca o sangue e sangra
singra as águas em pó
não há mais aurora
só o golpe só a dor
sua dor
borboletas dioxina
em sinais de mofina
batem asas
na ânsia do estômago
vísceras revísceras
enjoo neônico e plumas lisérgicas
um voo de vícios e fatalidade
idade do crack
as armas apontam o futuro
um lance de dados marcados
a cena final sob as mangas
na carta no mapa na chance
ninguém leu ninguém pôs
a sorte
depois da porrada o tiro
retiro de tragédia e bala
abala na agulha atravessa o vício
o vírus o frio o beijo e o asfalto
Um só riso e a aurora de junho
a aurora bélica de junho
enfim...
Torres Matrice
06/01/99
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