sábado, 28 de agosto de 2010

360 graus






360 graus:
num giro o bairro todo...
girândola
a periferia na pele aferia:
preferiria luz à flor da pele
tatuagens
margens e  imagens
um olhar confere
a fé e a febre do sol se pôr

sobre as casas 
os tons do telheiro
palheta palores
colores:
Torres, sinos e rumores...

a tarde e suas tintas:
 o sol espalha e espelha
- espátula!
e entre o ir do sol
um som um sim: sinal
um yin e um yang
olhar e olores

vento morno
corpo nu 
  nume
numa nunca esperada
nuance

rota solar lar, um nome:
fúcsia magenta
cor que arrebata: acrobata!

O bairro é o momento!
a vida é agora:
ora ávida ave da vida
hora vívida ave maria
canto e
voz
florais de bach

nuvem no vento vem
úvida dúvida
azul
arrebol fecundo
mundo meu

nos telheiros daqui de cima, olheiros!
vários, visíveis, viáveis
telhados abrigam lares que abrigam vidas que abrigam almas
 múltiplas multiplicadas
para além dos telheiros
acolhedores e tantos
a perder de vista...
 
- telheiros de um Belo Horizonte,
minh'alma quer ser feliz!





                                                                 Torres Matrice


                                                                  06/02/2006

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