domingo, 9 de maio de 2010

INSÔNIA






Alguém
tocou o interfone:
na calada da noite
seu nome é o grito








Quem
três da madrugada
embriagou o passado
suplicou por tv
(heroína da insõnia!)
e abriu janelas







Um gritou:
...
será santa sáfica
apaixonada freira
 ( um tiro à queima-roupa )
quem
esse barulho








as noites são sempre assim
missa e valsas pesadas
aceso cérebro que dança
trágico poema nonsense
tango da covardia







...e por enquanto os travesseiros
penas de insones
acordam a pólvora do tempo
e os espamos do sono-pluma








Torres Matrice



14/10/99

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