quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

ESCULTURAS DE CÉREBROS COMESTÍVEIS - ARNALDO ANTUNES E RAUL SEIXAS - UM GUISADO ANTROPOFÁGICO DE CULTURA

"what have you got in your head?" por Sara Asnaghi



O que você tem na sua cabeça? 

A artista Sara Asnaghi criou esculturas com formato de cérebros e nos pergunta: "o que você tem na sua cabeça?" Ela resolveu inovar criando esculturas de cérebros em tamanho real utilizando apenas materiais comestíveis como arroz, miolo de pão, doces, pimenta etc.







O trabalho de esculturas feitas com alimentos, grãos e especiarias é da designer, fotógrafa e escultora de Milão Sara Asnaghi e esta série intitula-se    "O que você tem na sua cabeça?" 

O material que Sara utiliza para moldar seus cérebros são polvilho, arroz, pão, queijo ou coisas não comestíveis como gesso, papel e argila que depois são pintados para o acabamento final.  O resultado é uma grande mistura de cores e texturas. Arte cerebral!!!


Para zumbi nenhum colocar defeito...


 ARNALDO ANTUNES - FORA DE SI



Video montagem, concepção, pesquisa e elaboração feitas por Torres Matrice a partir da canção FORA DE SI  de Arnaldo Antunes e das interessantes esculturas de Sara Asnaghi. 

Este trabalho tem o único e exclusivo objetivo de homenagear os artistas que admiro e  divulgar a arte em suas várias vertentes sem quaisquer propósitos comerciais. Todos os direitos estão reservados aos artistas em questão.

Torres Matrice





  jh












ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE ARROZ E ALGAS





ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE ALPISTE







 ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE ARROZ PRETO







 ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE FENO







ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE LENTILHA VERMELHA





 ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE BALINHAS DE AÇÚCAR COLORIDAS





 ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE AÇÚCAR






 ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE CEVADA





ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE GESSO E ANÚNCIOS FARMACÊUTICOS





 ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE PIMENTA CHILLI






ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE CAFÉ







 ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE SEMENTE DE CÂNHAMO







ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE FARELO DE PÃO E ARGILA PINTADA








ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE POLENTA






Sopa de ervilha com salsicha (prato de verdade e gesso pintado)



METRÔ LINHA 743 - RAUL  SEIXAS

Raul Seixas deflagra a armação dos canibais comedores de cérebro, o esquema dos militares para perseguir intelectuais, artistas, pensadores que incomodavam o sistema no período da ditadura militar.



Disse: O prato mais caro do melhor banquete é o que se come, cabeça de gente que pensa. E os canibais de cabeça descobrem aqueles que pensam porque quem pensa, pensa melhor parado.




Maasdammer cérebro de queijo (gesso pintado)






Um gritou: Mão na cabeça malandro, se não quiser levar chumbo quente nos cornos!!!

Eu disse: Claro, pois não, mas o que é que eu fiz? Se é documento eu tenho aqui...






Sanduíche cérebro (barro pintado) 




Outro disse: Não interessa, pouco importa, fique aí!!! Eu quero é saber o que você estava pensando! Eu avalio o preço me baseando no nível mental que você anda por aí usando. E aí eu lhe digo o preço que sua cabeça agora está custando.

Minha cabeça caída, solta no chão! Eu vi meu corpo sem ela pela primeira e última vez: Metrô linha 743.




Jogaram minha cabeça oca no lixo da cozinha e eu era agora um cérebro, um cérebro vivo à vinagrete!

Meu cérebro logo pensou: que seja, mas nunca fui tiete!







Fui posto à mesa com mais dois e eram três pratos raros, e foi o maitre que pôs. Senti horror ao ser comido com desejo por um senhor alinhado. 

Meu último pedaço, antes de ser engolido ainda pensou grilado:
Quem será este desgraçado dono desta zorra toda?!








Já tá tudo armado, o jogo dos caçadores canibais, mas o negócio aqui dá muito bandeira... Dá bandeira demais meu Deus!!!

- Cuidado brother, cuidado sábio senhor é um conselho sério pra vocês: eu morri e nem sei mesmo qual foi aquele mês... Ah! Metrô linha 743.







HOMENAGEM A RAUL SEIXAS - ANIMAÇÃO METRÔ LINHA 743 - VÍDEO FEITO POR THALLES HUMBERTO


sábado, 19 de janeiro de 2013

BELEZA ESTÉTICA, PROFUNDIDADE E POESIA - A ARTE EM SUA PLENA EXPRESSÃO


MARISA MONTE - DEPOIS



Título: DEPOIS
Artista: Marisa Monte
Autores: Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte
Gravadora: PHONOMOTOR - EMI

Direção: Dora Jobim
Idéia Original: Giovanni Bianco
Edição: Guilherme Schumann
Produção: Gabriela Figueiredo
Produtora: Samba Filmes
Finalização: Link Digital





sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

ALFREDO, É GISELE !!! - UM POUCO DE HUMOR QUE É PARA CURAR O JILÓ DESSA VIDA.

ANA CAROLINA LÊ A CRÔNICA BEM HUMORADA DE ELISA LUCINDA,  "ALFREDO, É GISELE !!!"






Elisa Lucinda dos Campos Gomes (Cariacica, 2 de fevereiro de 1958) é uma poetisa, jornalista, cantora, e atriz brasileira.




Leia o trecho final da crônica humorística de Elisa Lucinda



"( ... )Então eu fiquei naquela situação: eu com um cara que era um ex-valente todo desmaiado no banco de trás parecendo uma moça, a mulé saiu pisando forte que nem um general, quer dizer, tudo trocado e eles reclamando da filha. Se eu pudesse eu ia lá defender a moça, mas não posso, já que o negócio é de família, né?
Eu não tenho preconceito, mas é isso que eu tava falando pra senhora: daqui a gente sabe cada coisa! E é cada um com o seu cada qual."










CONFIRA ABAIXO A ENCENAÇÃO DO TEXTO ADAPTADO DO ORIGINAL DE ELISA LUCINDA - ALFREDO, É GISELE! 


BJORK - PLAY DEAD - VÍDEO-MONTAGEM QUE FUNDE A IMPACTANTE FOTOGRAFIA DE GABRIEL WICKEBOLD E A FASCINANTE CANÇÃO DE BJORK


Vídeo-montagem, concepção, pesquisa e elaboração feitas por Torres Matrice a partir da canção PLAY DEAD da cantora Bjork e fotografias do genial GABRIEL WICKBOLD . Este trabalho tem o único e exclusivo objetivo de prestar homenagem aos artistas que admiro e divulgar a arte em suas várias vertentes sem quaisquer propósitos comerciais. Todos os direitos autorais reservados aos artistas em questão.


Torres Matrice


Gabriel Wickbold um fotógrafo que tem muito a dizer - Obra provocativa e questionadora




Gabriel Wickbold é um jovem fotógrafo brasileiro com um portfólio invejável. Natural de São Paulo, é um autodidata que nunca estudou fotografia especificamente, mas confessa sempre ter tido contato com diferentes expressões artísticas, sendo a sua mãe uma artista plástica, e tendo já trabalhado com poesia e como produtor musical.

O fotógrafo de 25 anos formou-se em Rádio e TV na Faculdade de Comunicação e Marketing da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), o que desde cedo o colocou em contato com a edição de vídeo, iluminação para televisão, direção de atores e toda uma mistura de linguagens que lhe permitem agora compor o seu trabalho.

No que  diz respeito à fotografia, tudo o que aprendeu foi através da leitura, testes por todo o Brasil, contato com outros fotógrafos e um acumular de referências, culminando no desenvolvimento progressivo do seu modus operandi em estúdio e fora dele.




Assista abaixo o teaser e conheça um pouco deste artista maravilhoso e suas ideias. Vale a pena conferir! Espero que vocês gostem.













Gabriel Wickbold realizou em 2012 a sua primeira exposição individual. Nessa exposição chamada NAÏVE, traduzindo do francês seria algo como “ingênuo”, ele enquadra a imagem na cabeça humana. Afinal, é, na cabeça, ou melhor, no cérebro, que se concentram os pensamentos racionais e imaginários, aqueles que viabilizam histórias e provocam viagens surpreendentes. É, na cabeça, local da caixa craniana, que “estalam” e se concentram as ideias, as emoções, que geram atitudes e desencadeiam as tensões da nossa existência e, também, o estado de felicidade.










Em sua busca pela essência do homem, registrou imagens de rostos de modelos pintados a guache e craquelados, sobrepostos por insetos ou plantas. Para Gabriel Wickbold, este ser humano ingênuo (tradução da palavra francesa naïve), fossilizado, atua “adubando algo novo, gerando vida através de sua carcaça pura”. 

O título da série faz alusão ao pretensioso e equivocado sentimento de superioridade do homem em relação à natureza.

Sempre estiveram presentes no trabalho do fotógrafo a figura humana e a criação de interferências em seus personagens com tinta. Em Naïve, a novidade fica por conta da interação com outros elementos da natureza, acessórios que são dispostos aqui com a intenção de questionar a posição do homem no mundo.























Apesar de forte relação com a temática do impacto ambiental provocado pela ação humana, as questões fundamentais nas obras de Gabriel Wickbold são filosóficas, interiores. Nesses trabalhos, o fotógrafo foca-se na natureza do homem, arrogante devido a sua falta de conhecimento acerca da vida que o cerca, da vida que está além de sua própria vida. 



















Não passamos de animais. Somos fisicamente fracos, lentos, com pouca ou quase nenhuma percepção do que nos cerca, perdemos um tempo gigantesco procurando entender coisas que não irão alterar em nada a nossa vida, somos os únicos responsáveis pela próxima extinção em massa da vida no planeta e ainda nos achamos seres superiores”, critica o artista. 













O homo sapiens é uma espécie que modifica em seu favor o ambiente no qual vive, nem que para isso tenha que impossibilitar a vida para outros seres”, analisa ainda o fotógrafo.












Em Naïve, Gabriel optou por fotografar apenas as cabeças dos modelos, já que é a parte do corpo onde se centram as ideias e emoções. Essas cabeças foram cobertas por guache e, após a secagem, a tinta foi lixada para a criação do efeito de craquelado. 
Antes do clique, o inseto ou planta é posicionado sobre a face. 
Todos os elementos que compõem as obras de Gabriel Wickbold estão presentes no momento da fotografia.

Tão importante quanto a técnica do manuseio da câmera é esse processo de transformação dos modelos em homens-instalação. O artista trata a fotografia como instrumento para representar sua estética, que é utilizada como um impulso para o conteúdo, um meio de exprimir sua visão de mundo.














 “A arte é reflexo do homem e suas questões. Essa série veio como uma transpiração desse meu momento”, diz.





CARTAZ DE DIVULGAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE GABRIEL WICKBOLD, INTITULADA NAIVE, EM SÃO PAULO NO ANO DE 2012.














Gabriel soube explorar e incorporar a radicalidade das suas experiências. Sempre buscou trazer, para sua cena fotografada, elementos de estranhamentos que nem sempre eram identificados de imediato. Essa é a sua principal singularidade: provocar, no espectador, a dúvida, a inquietação, o estranhamento diante daquilo que não é imediatamente reconhecido. E, em poucos anos, ao mixar seu conhecimento de teatro, de música e de imagem técnica, entre outras linguagens, é que produziu uma fotografia potente que teve imediata aceitação no mercado, justamente por distanciar-se do senso comum.






















Nos retratos apresentados nessa série, NAÏVE, Gabriel tem um sofisticado processo de criação. Primeiro, ele pinta partes específicas da cabeça do modelo, para provocar o aparecimento de uma espessura e textura além da pele. Em seguida, após a secagem, formam-se camadas craqueladas resultantes dos pequenos movimentos humanos. Logo após essa etapa, é necessário lixar algumas vezes os excessos e acrescentar elementos encontrados na natureza. O referente – homem e natureza – torna-se um ser estranho e o processo busca enfatizar a relação intensa entre vida e arte nessa complexa relação.







O trabalho exala, ainda, muita intimidade e cumplicidade e essa é a conexão criativa de Gabriel Wickbold a qual impulsiona o ensaio. Aliás, muito performático e carregado de interferências e referências que denotam a qualidade da sua fotografia. 


Rubens Fernandes Junior, curador e crítico de fotografia








Cor, energia, luz e texturas são as ferramentas deste jovem fotógrafo brasileiro que faz do corpo humano a sua matéria-prima. Personalidades vincadas, excêntricas, ou faces marcadas pelo tempo, o produto da vida, dão origem à imagens provocativas, emocionantes e com alma. Um trabalho justamente reconhecido e digno de referência!



                   O artista e fotógrafo Gabriel Wickebold


Empirista, a experimentação e a experiência são a sua motivação, e não tendo medo de tentar coisas novas, assume ser essa a sua busca constante. O trabalho de Gabriel é multifacetado, provocativo, evidenciando cores e detalhes, em imagens emocionantes e cativantes, o que lhe imprime uma identidade forte. A sua fotografia de eleição é o retrato, a base da sua obra é o Homem. Das encenadas e complexas fotografias de estúdio à simplicidade das fotografias de viagem, são as pessoas o denominador comum na criação de imagens que dizem mais do que mil palavras poderiam dizer.





















CLIQUE NO VÍDEO ABAIXO E VEJA A MOVIMENTAÇÃO DURANTE A EXPOSIÇÃO DO ARTISTA EM SÃO PAULO EM 2012.



Naïve - Lançamento from Gabriel Wickbold on Vimeo.

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