Cultura é toda forma de intervenção humana na natureza transmitida de geração a geração, nas diferentes sociedades; Criação exclusiva dos seres humanos; Ela é múltipla e variável no tempo e no espaço, de sociedade para sociedade. Este blog pretende dividir um pouco da cultura engendrada pelo homem de todas as épocas e lugares, de todas as áreas do conhecimento humano, especialmente das artes, ciências e filosofia.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
ESCULTURAS DE CÉREBROS COMESTÍVEIS - ARNALDO ANTUNES E RAUL SEIXAS - UM GUISADO ANTROPOFÁGICO DE CULTURA
"what have you got in your head?" por Sara Asnaghi
Para zumbi nenhum colocar defeito...
jh
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE ARROZ E ALGAS
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE ALPISTE
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE ARROZ PRETO
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE FENO
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE LENTILHA VERMELHA
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE BALINHAS DE AÇÚCAR COLORIDAS
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE AÇÚCAR
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE CEVADA
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE GESSO E ANÚNCIOS FARMACÊUTICOS
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE PIMENTA CHILLI
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE SEMENTE DE CÂNHAMO
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE FARELO DE PÃO E ARGILA PINTADA
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE POLENTA
METRÔ LINHA 743 - RAUL SEIXAS
Raul Seixas deflagra a armação dos canibais comedores de cérebro, o esquema dos militares para perseguir intelectuais, artistas, pensadores que incomodavam o sistema no período da ditadura militar.
Maasdammer cérebro de queijo (gesso pintado)
Sanduíche cérebro (barro pintado)
O que você tem na sua cabeça?
A artista Sara Asnaghi criou esculturas com formato de cérebros e nos pergunta: "o que você tem na sua cabeça?" Ela resolveu inovar criando esculturas de cérebros em tamanho real utilizando apenas materiais comestíveis como arroz, miolo de pão, doces, pimenta etc.
O trabalho de esculturas feitas com alimentos, grãos e especiarias é da designer, fotógrafa
e escultora de Milão Sara Asnaghi e esta
série intitula-se "O que você tem na sua cabeça?"
O
material que Sara utiliza para moldar
seus cérebros são polvilho, arroz, pão, queijo ou coisas
não comestíveis como gesso, papel e argila que depois são pintados para
o acabamento final. O resultado é uma
grande mistura de cores e texturas. Arte cerebral!!!
Para zumbi nenhum colocar defeito...
ARNALDO ANTUNES - FORA DE SI
Video montagem, concepção,
pesquisa e elaboração feitas por Torres Matrice a partir da canção FORA DE
SI de Arnaldo Antunes e das
interessantes esculturas de Sara Asnaghi.
Este trabalho tem o único e exclusivo objetivo de homenagear os
artistas que admiro e divulgar a arte em
suas várias vertentes sem quaisquer propósitos comerciais. Todos os direitos estão reservados aos artistas em questão.
Torres Matrice
jh
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE ARROZ E ALGAS
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE ALPISTE
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE ARROZ PRETO
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE FENO
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE LENTILHA VERMELHA
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE BALINHAS DE AÇÚCAR COLORIDAS
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE AÇÚCAR
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE CEVADA
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE GESSO E ANÚNCIOS FARMACÊUTICOS
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE PIMENTA CHILLI
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE CAFÉ
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE FARELO DE PÃO E ARGILA PINTADA
ESCULTURA CÉREBRO, FEITA DE POLENTA
Sopa de ervilha com salsicha (prato de verdade e gesso pintado)
Raul Seixas deflagra a armação dos canibais comedores de cérebro, o esquema dos militares para perseguir intelectuais, artistas, pensadores que incomodavam o sistema no período da ditadura militar.
Disse: O prato mais caro do
melhor banquete é o que se come, cabeça de gente
que pensa. E os canibais de cabeça
descobrem aqueles que pensam porque quem pensa, pensa
melhor parado.
Maasdammer cérebro de queijo (gesso pintado)
Um gritou: Mão na cabeça
malandro, se não quiser levar chumbo quente nos cornos!!!
Eu disse: Claro, pois não,
mas o que é que eu fiz? Se é documento eu tenho
aqui...
Sanduíche cérebro (barro pintado)
Outro disse: Não interessa, pouco importa, fique aí!!! Eu quero é saber o que você estava pensando! Eu avalio o preço me baseando no nível mental que você anda por aí usando. E aí eu lhe digo o preço que sua cabeça agora está custando.
Minha cabeça caída, solta no chão! Eu vi meu corpo sem ela pela primeira e última vez: Metrô linha 743.
Jogaram minha cabeça oca no lixo da cozinha e eu era agora um cérebro, um cérebro vivo à vinagrete!
Meu cérebro logo pensou: que seja, mas nunca fui tiete!
Fui posto à mesa com mais
dois e eram três pratos raros, e
foi o maitre que pôs. Senti horror ao ser comido
com desejo por um senhor alinhado.
Meu último pedaço, antes de
ser engolido ainda pensou grilado:
Quem será este desgraçado
dono desta zorra toda?!
Já tá tudo armado, o jogo dos caçadores canibais, mas o negócio aqui dá muito bandeira... Dá bandeira demais meu Deus!!!
- Cuidado brother, cuidado sábio senhor é um conselho sério pra vocês: eu morri e nem sei mesmo qual foi aquele mês... Ah! Metrô linha 743.
sábado, 19 de janeiro de 2013
MARISA MONTE - DEPOIS
Título: DEPOIS
Artista: Marisa Monte
Autores: Arnaldo Antunes,
Carlinhos Brown e Marisa Monte
Gravadora: PHONOMOTOR - EMI
Direção: Dora Jobim
Idéia Original: Giovanni
Bianco
Edição: Guilherme Schumann
Produção: Gabriela Figueiredo
Produtora: Samba Filmes
Finalização: Link Digital
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
ALFREDO, É GISELE !!! - UM POUCO DE HUMOR QUE É PARA CURAR O JILÓ DESSA VIDA.
ANA CAROLINA LÊ A CRÔNICA BEM HUMORADA DE ELISA LUCINDA, "ALFREDO, É GISELE !!!"
Leia o trecho final da crônica humorística de Elisa Lucinda
Elisa Lucinda dos Campos Gomes (Cariacica, 2 de fevereiro de
1958) é uma poetisa, jornalista, cantora, e atriz brasileira.
Leia o trecho final da crônica humorística de Elisa Lucinda
"( ... )Então eu fiquei naquela situação: eu com um cara que era um
ex-valente todo desmaiado no banco de trás parecendo uma moça, a mulé saiu
pisando forte que nem um general, quer dizer, tudo trocado e eles reclamando da
filha. Se eu pudesse eu ia lá defender a moça, mas não posso, já que o negócio
é de família, né?
Eu não tenho preconceito, mas é isso que eu tava falando pra
senhora: daqui a gente sabe cada coisa! E é cada um com o seu cada qual."
CONFIRA ABAIXO A ENCENAÇÃO DO TEXTO ADAPTADO DO ORIGINAL DE ELISA LUCINDA - ALFREDO, É GISELE!
BJORK - PLAY DEAD - VÍDEO-MONTAGEM QUE FUNDE A IMPACTANTE FOTOGRAFIA DE GABRIEL WICKEBOLD E A FASCINANTE CANÇÃO DE BJORK
Vídeo-montagem, concepção, pesquisa e elaboração feitas por
Torres Matrice a partir da canção PLAY DEAD da cantora Bjork e fotografias do
genial GABRIEL WICKBOLD . Este trabalho tem o único e exclusivo objetivo de prestar homenagem aos artistas que admiro e divulgar a arte em suas várias vertentes
sem quaisquer propósitos comerciais. Todos os direitos autorais reservados aos artistas
em questão.
Gabriel Wickbold um fotógrafo que tem muito a dizer - Obra provocativa e questionadora
Gabriel Wickbold é um jovem fotógrafo brasileiro com um
portfólio invejável. Natural de São Paulo, é um autodidata que nunca estudou
fotografia especificamente, mas confessa sempre ter tido contato com
diferentes expressões artísticas, sendo a sua mãe uma artista plástica, e tendo
já trabalhado com poesia e como produtor musical.
O fotógrafo de 25 anos formou-se em Rádio e TV na
Faculdade de Comunicação e Marketing da FAAP (Fundação Armando Alvares
Penteado), o que desde cedo o colocou em contato com a edição de vídeo,
iluminação para televisão, direção de atores e toda uma mistura de linguagens
que lhe permitem agora compor o seu trabalho.
No que diz respeito à fotografia, tudo o que aprendeu foi
através da leitura, testes por todo o Brasil, contato com outros fotógrafos e
um acumular de referências, culminando no desenvolvimento progressivo do seu
modus operandi em estúdio e fora dele.
Assista abaixo o teaser e conheça um pouco deste artista maravilhoso e suas ideias. Vale a pena conferir! Espero que vocês gostem.
Assista abaixo o teaser e conheça um pouco deste artista maravilhoso e suas ideias. Vale a pena conferir! Espero que vocês gostem.
Gabriel Wickbold realizou em 2012 a sua primeira exposição individual. Nessa exposição chamada NAÏVE, traduzindo do francês seria algo como “ingênuo”, ele enquadra a imagem na cabeça humana. Afinal, é, na cabeça, ou melhor, no cérebro, que se concentram os pensamentos racionais e imaginários, aqueles que viabilizam histórias e provocam viagens surpreendentes. É, na cabeça, local da caixa craniana, que “estalam” e se concentram as ideias, as emoções, que geram atitudes e desencadeiam as tensões da nossa existência e, também, o estado de felicidade.
Em sua busca pela essência do homem, registrou imagens de
rostos de modelos pintados a guache e craquelados, sobrepostos por insetos ou
plantas. Para Gabriel Wickbold, este ser humano ingênuo (tradução
da palavra francesa naïve), fossilizado, atua “adubando algo novo, gerando
vida através de sua carcaça pura”.
O título da série faz alusão ao pretensioso e equivocado sentimento de superioridade do homem em relação à natureza.
Sempre estiveram presentes no trabalho do fotógrafo a figura
humana e a criação de interferências em seus personagens com tinta. Em Naïve,
a novidade fica por conta da interação com outros elementos da natureza,
acessórios que são dispostos aqui com a intenção de questionar a posição do
homem no mundo.
Apesar de forte relação com a temática do impacto ambiental
provocado pela ação humana, as questões fundamentais nas obras de Gabriel
Wickbold são filosóficas, interiores. Nesses trabalhos, o fotógrafo foca-se na
natureza do homem, arrogante devido a sua falta de conhecimento acerca da vida
que o cerca, da vida que está além de sua própria vida.
“Não passamos de animais. Somos fisicamente fracos, lentos, com pouca ou quase nenhuma percepção do que nos cerca, perdemos um tempo gigantesco procurando entender coisas que não irão alterar em nada a nossa vida, somos os únicos responsáveis pela próxima extinção em massa da vida no planeta e ainda nos achamos seres superiores”, critica o artista.
“O homo sapiens é uma espécie que modifica em seu favor o ambiente no qual vive, nem que para isso tenha que impossibilitar a vida para outros seres”, analisa ainda o fotógrafo.
Em Naïve, Gabriel optou por fotografar apenas as cabeças dos
modelos, já que é a parte do corpo onde se centram as ideias e emoções. Essas
cabeças foram cobertas por guache e, após a secagem, a tinta foi lixada para a
criação do efeito de craquelado.
Antes do clique, o inseto ou planta é
posicionado sobre a face.
Todos os elementos que compõem as obras de Gabriel
Wickbold estão presentes no momento da fotografia.
“A arte é reflexo do homem e suas questões. Essa série veio como uma transpiração desse meu momento”, diz.
CARTAZ DE DIVULGAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE GABRIEL WICKBOLD, INTITULADA NAIVE, EM SÃO PAULO NO ANO DE 2012.
Gabriel soube explorar e incorporar a radicalidade das suas
experiências. Sempre buscou trazer, para sua cena fotografada, elementos de
estranhamentos que nem sempre eram identificados de imediato. Essa é a sua
principal singularidade: provocar, no espectador, a dúvida, a inquietação, o estranhamento diante daquilo que
não é imediatamente reconhecido. E, em poucos anos, ao mixar seu conhecimento
de teatro, de música e de imagem técnica, entre outras linguagens, é que
produziu uma fotografia potente que teve imediata aceitação no mercado,
justamente por distanciar-se do senso comum.
Nos retratos apresentados nessa série, NAÏVE, Gabriel tem um
sofisticado processo de criação. Primeiro, ele pinta partes específicas da
cabeça do modelo, para provocar o aparecimento de uma espessura e textura além
da pele. Em seguida, após a secagem, formam-se camadas craqueladas resultantes
dos pequenos movimentos humanos. Logo após essa etapa, é necessário lixar algumas
vezes os excessos e acrescentar elementos encontrados na natureza. O referente
– homem e natureza – torna-se um ser estranho e o processo busca enfatizar a
relação intensa entre vida e arte nessa complexa relação.
O trabalho exala, ainda, muita intimidade e cumplicidade e essa é a conexão criativa de Gabriel Wickbold a qual impulsiona o ensaio. Aliás, muito performático e carregado de interferências e referências que denotam a qualidade da sua fotografia.
Rubens Fernandes Junior, curador e crítico de fotografia
Cor, energia, luz e texturas são as ferramentas deste
jovem fotógrafo brasileiro que faz do corpo humano a sua matéria-prima.
Personalidades vincadas, excêntricas, ou faces marcadas pelo tempo, o produto
da vida, dão origem à imagens provocativas, emocionantes e com alma. Um trabalho
justamente reconhecido e digno de referência!
O artista e fotógrafo Gabriel Wickebold
Empirista, a experimentação e a experiência são a sua
motivação, e não tendo medo de tentar coisas novas, assume ser essa a sua busca
constante. O trabalho de Gabriel é multifacetado, provocativo, evidenciando
cores e detalhes, em imagens emocionantes e cativantes, o que lhe imprime uma
identidade forte. A sua fotografia de eleição é o retrato, a base da sua obra é
o Homem. Das encenadas e complexas fotografias de estúdio à simplicidade das
fotografias de viagem, são as pessoas o denominador comum na criação de imagens
que dizem mais do que mil palavras poderiam dizer.
CLIQUE NO VÍDEO ABAIXO E VEJA A MOVIMENTAÇÃO DURANTE A EXPOSIÇÃO DO ARTISTA EM SÃO PAULO EM 2012.
Naïve - Lançamento from Gabriel Wickbold on Vimeo.
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