O inevitável, enfim:
perdeu-se da minha, sua mão!
Um gesto assim: aéreo
resto da imprecisão.
Luva vazia afagando a dor...
Um gesto assim: aéreo
resto da imprecisão.
Luva vazia afagando a dor...
Tudo tão hostil no existir.
Fugir não acalenta. Não há como...
A luva A garra O infinito Vazio...
Cadê sua mão? O gesto... Cadê?!!
Cadê sua mão? O gesto... Cadê?!!
Fuga em dó maior: infinitésimo momento...
Não esqueça minha mão, por favor!!!
Não perca, não solta, não larga...
Não esqueça minha mão, por favor!!!
Não perca, não solta, não larga...
Volta que a vida dá!
Re.volta!!!
Na palma da solidão solta,
revolta linha da mão...
revolta linha da mão...
Dos nossos dedos entrelaçados, que restou?!
Foram-se os dedos e os aneis...
Sua palma, minha alma.
Calma... Cadê a calma?!
Foram-se os dedos e os aneis...
Sua palma, minha alma.
Calma... Cadê a calma?!
A solidão fervorosa
une minhas mãos
numa oração sem Deus:
a luva oca
é pouca para tanto tato da devoção.
une minhas mãos
numa oração sem Deus:
a luva oca
é pouca para tanto tato da devoção.
Eu tento... finjo... quase creio!
Sorr.ir, só r.ir, finjo sorr.ir... eu posso fing.ir...
Eu consigo??!!
Faço média para a solidão me acompanhar,
Sorr.ir, só r.ir, finjo sorr.ir... eu posso fing.ir...
Eu consigo??!!
Faço média para a solidão me acompanhar,
substituindo sua mão como uma luva na minha.
Será que ela me cai bem??!!
Um tapa da mão que escreve torto
Será que ela me cai bem??!!
Um tapa da mão que escreve torto
por linhas erradas...
a.deus!
12.11.2005
a.deus!
12.11.2005
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